5 características de viagem essenciais para rodar o mundo
Conheça agora as características de viagem, essenciais a todos os viajantes. Acho que todo mundo já deve ter ouvido a frase: “viajar é a escola da vida”, ou “quem não viaja lê apenas a primeira página do livro”…coisas assim.
É fato que por o pé na estrada ensina muito, eu mesmo mudei bastante desde que comecei a embarcar numa aventura atrás da outra. Novos amigos, olhares, perrengues, lugares…todas as novidades me trazem descobertas.
Ter o hábito de viajar sozinho potencializou isso em mim, pois todos os dias preciso tentar achar alguma solução, seja descobrir como chegar num destino, ou encontrar o melhor lugar para almoçar. E por aí vai.
Com isso tudo, desde pequenas decisões, até a necessidade de resolver algo mais sério, acabei adquirindo algumas características de viagem essenciais para aproveitar melhor meus dias ao redor do mundo.
E, ao longo das viagens, observei essas características em outros viajantes. Por isso, neste artigo reuni as 5 características de viagem essenciais para rodar o mundo.
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Perfil de pessoas que gostam de viajar

Se você está lendo este artigo e ainda tem dúvidas se precisamos ter determinadas características para viajar, saiba que não é exatamente isso. Cada um é cada um e tem suas características de viajantes, como ser aventureiro, gostar de luxo, ter roteiro detalhado, enfim.
O que eu quero dizer neste artigo é que, independente da cultura e do idioma, percebi que algumas características são essenciais para rodar o mundo. Algumas delas eu já tinha, outras aprimorei e outras ainda aprendi durante meu ano sabático, quando fiz a volta ao mundo.
São elas:
- Ser gentil
- Cara de pau
- Aguentar perrengues
- Adaptação
- Correr riscos
Antes, te convido assistir o vídeo da minha volta ao mundo, disponível aqui no Quero Viajar Mais. Talvez dê para entender todos esses 100 pensamentos que eu compartilho abaixo com você!
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Características importantes a todos os viajantes
1. Ser gentil

Para muitos pode parecer algo banal, mas a melhor maneira de abrir portas na viagem é um belo sorriso, desenvolver a simpatia. Não importa se está comprando um bilhete do metrô, pedindo informações para um desconhecido ou ajudando outro turista que não fala tão bem inglês…
Ser gentil é uma das características de viagem que sempre pode render bons frutos. Não me entenda mal, não estou aqui dizendo para ser gentil para conseguir algo em troca. Apenas constatando que gentileza gera gentileza.
Certa vez, quando peguei o trem noturno (não o trem turístico) que corta o Egito de norte a sul, o funcionário não aceitou o comprovante de pagamento que apresentei na tela do smartphone. Tentei explicar, mas seria mais fácil para meu primo de três anos.
Após alguns minutos de discussão, parecia que havia caído um balão perto de mim, estava cercado de egípcios tentando ajudar. Um deles falava um pouco melhor e acabou convencendo o funcionário a aceitar meu comprovante. A viagem seguiu e acabei me sentando perto do tal homem, que estava com sua mãe.
Fomos conversando, contei que estava viajando o mundo e um dos meus sonhos estava realizando ali, conhecendo a história do Egito. Resolvi então, dar um dos cartões postais que comprei na viagem, como agradecimento pela ajuda com a história da passagem.
Vi que ele se comoveu e começou a conversar com a mãe. Acabei almoçando nas casa deles, um típico lar egípcio, experiência que dinheiro nenhum pode pagar. E que não aconteceria se não houvesse gentileza de ambas as partes. Inclusive, ser gentil é importante sempre em qualquer situação na vida.
2. Cara de pau

Mesmo que seja a pessoa mais tímida do mundo, viajar pode mudar isso em você. É impressionante como a necessidade nos obriga a tomar atitudes nunca antes imaginadas. É aquela velha história, quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar.
Mas, ressalto, ser cara de pau não significa ser “entrão” e muito menos mal educado – lembre-se que ser gentil é o item 1 desta lista. O que quero dizer é não ter vergonha de perguntar, de pedir, de tentar resolver o contratempo que surgiu. E isso já aconteceu comigo algumas vezes.
O caso mais extremo que me lembro aconteceu na minha viagem de volta ao mundo foi no Hawaii, quando chequei no aeroporto de Big Island. Como já havia acontecido outras vezes, esqueci de reservar o hotel, fui sem planejar absolutamente nada.
Isso nunca me preocupou, afinal com um cartão de crédito na mão sempre se encontra um bom lugar para dormir. Fui até o balcão de informações turísticas.
– Senhor, preciso de hospedagem para os próximos dias, pode me ajudar. – perguntei.
– Poderia, se não estivesse acontecendo o Iron Man, um dos maiores eventos esportivos do mundo. Está tudo lotado.
Putz, tô na merda!!! Foi o que pensei nas duas horas seguintes. Tentei alugar um carro, sem sucesso. Procurei algum lugar para acessar a internet, nada.
Quando já estava conformado a passar os próximos dias dormindo com os cachorros de rua (beleza vai, cachorros de rua do Hawaii hehe), vi três amigos com mochilas nas costas, saindo do aeroporto. Me aproximei, com um sorrisão no rosto e perguntei se já sabiam onde iriam ficar.
– Não, temos apenas um carro alugado e vamos rodar a ilha. – Disse a única mulher do grupo.
Expliquei a situação e, com a maior cara de pau do mundo, pedi para me juntar aos três suecos. Foram dias incríveis, fiz amigos para toda a vida, que sempre farão parte de uma das semanas de minha vida que mais gosto de relembrar. Ser cara de pau foi uma de minhas características de viagem importantes!
3. Aguentar perrengues

É claro que muita gente não tem o perfil de acampar, comer um lanche na rua ou viajar horas e horas de carro para chegar naquela sonhada praia deserta. Alguns preferem passar as férias de pernas para o ar num mega-ultra-resort.
Porém, para viver determinadas experiências, é preciso sujeitar-se a certas coisas que nos tiram de nossa zona de conforto. E é aí que a maioria dos perrengues acontecem, embora quem está no mega-ultra-resort também pode ser “premiado” com algum perrengue.
Nas Filipinas, decidi focar minhas duas semanas de viagem na Ilha de Palawan. Cheguei na capital Manila e voei direto para Puerto Princesa, onde está localizado o único aeroporto da ilha. Segui viagem por terra, três a quatro dias através de ônibus e vans, passando por lugares paradisíacos, rumo ao extremo norte.
Passei alguns dias em El Nido, para mim o lugar mais lindo do mundo, curtindo suas praias e lagoas secretas, quando infelizmente chegou a hora de partir. Daí haviam duas opções: voltar até Puerto Princesa, ou pegar um barquinho de cinco horas até Corón, a próxima ilha, onde pegaria um avião de volta para Manila.
Foi o que decidi fazer. Entrei no barco, nas Filipinas conhecidos como bankas, depois de umas três horas de atraso. O marinheiro parecia, ou realmente era, um pescador que acabara de voltar da pescaria, cansado e com a roupa suja depois de dias no mar. O barco de madeira, superlotado, não trazia confiança, mas ao menos haviam coletes salva-vidas suficientes para os passageiros.
Fiz quase todo o trajeto deitado debaixo de um banco, esperando o tempo passar. Não posso mentir que foi a “melhor” parte da minha passagem pelas Filipinas, na verdade, a viagem toda foi um baita perrengue, mas no fim de tudo, pelo menos, tenho uma boa história para contar, do meu lugar mais bonito do mundo.
4. Adaptação

Talvez seja a característica de viagem mais importante – talvez de vida também-, chegar em algum lugar, num país com hábitos completamente diferentes e conseguir se sentir bem. Não vale chegar de viagem e passar todos os dias na piscina do hotel.
Estou falando sobre ter curiosidade para provar as comidas típicas, saber como se portar numa casa de família, aprender alguns costumes locais, etc. Nas três semanas que passei no Laos, convivi com muito moradores locais, fiz refeições em casas de família e tive bastante contato com sua cultura.
Negar uma refeição, mesmo que você tenha acabado de comer em outro lugar, é sinal de desrespeito. Até aí tudo bem, provar uma coisinha aqui, outra ali, para não fazer desfeita. Num dos jantares, havia um banquete sobre a mesa, vários pratos diferentes, até apetitosos.
Peguei um palito que eles comiam com vontade, um osso fino e comprido coberto de carne. Provei, sem fazer cara feia, mas sinceramente não era bom.
– O que é isso??? – Perguntei ao anfitrião.
– Rabo de rato, caçamos ele hoje cedo.
Tudo bem que era um rato do mato, deveria ser limpinho (assim espero), mas haja adaptação!!!
5. Correr riscos

Quase sempre na vida precisamos correr algum tipo de rico para conseguir o que queremos, e numa viagem não é diferente. Pegar ônibus, avião, ir para lugares novos e lidar com situações desconhecidas, sempre existe potencial para algo de errado acontecer.
Mais uma vez meu exemplo será no Hawaii, só que agora na Ilha de Maui. Fui com quase tudo certo, um carro reservado para os dias que passaria por ali, nada além disso. Pesquisei sobre as características da ilha e acabei descobrindo que em Maui, devido a falta de transporte público, é muito comum pedir carona. Fiquei com isso na cabeça.
Logo no primeiro dia sai dirigindo meio que sem rumo, com a ideia de chegar em alguma cidade e procurar onde dormir. Cheguei em Hana junto com o anoitecer, rodei pela cidade, mas não havia muito o que fazer. Decidi volta para Paia, lugar com mais agito.
No caminho, vi um carro parado no acostamento com o pisca alerta acesso. Sabe aquela cena de filme, que o carro passa e para uns 100 metros depois??? Foi o que fiz…parei e dei carona para um casal. Contei minha história, eles contaram a história deles, um jovem casal que acabara de se mudar para o Hawaii.
No meio da conversa, me perguntaram se queria tomar uma cerveja num lugar especial. Claro, disse que sim. Passamos numa loja de conveniência e minutos depois estacionamos o carro num local que começou a me deixar com o pé atrás, totalmente no escuro. Pegamos uma trilha no meio do mato, e como bom brasileiro, comecei a pensar no pior.
– Ferrou, é agora que vão me apagar???
Chegamos num lugar alucinante, a lua estava bem cheia lá no céu, no topo de um morro com vista para o mar. Sentamos, brindamos e começamos a beber e conversar. No final, descobri que foi ali que se casaram, realmente um lugar especial. Às vezes, vale a pena correr riscos!!!
Porque gosto de viajar
Por todas essas características de viagem, posso dizer que não só gosto de viajar, como tenho os me esforço para tê-las.
Algumas já faziam parte da minha personalidade e outras eu adquiri durante a volta ao mundo, que entendi serem importantes em qualquer viagem. E, pensando bem, acho que são características importantes para a vida de qualquer pessoa.
Percebi também que muitos outros viajantes também possuem este tipo de característica. Você também as adquiriu ao longo das viagens? Quais as suas características de viagem? Será que é possível que cada viajante, a partir da sua personalidade e experiência, tenha características a mais e bem diferentes das minhas?
De qualquer forma, viajar é uma das melhores experiências para nosso amadurecimento, aprendizado de cultura, história, empatia. Em resumo, viajar sempre nos torna pessoas melhores e ainda nos leva para outros mundos e cultura. Tem opção melhor? Não, né!
Quais as suas características de viagem? Tem outras dicas? Gostaria de compartilhar suas histórias? Deixe seu comentário abaixo!!!
Até + !!!
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