Panteão em Roma: tudo sobre a história, ingressos e dicas

Símbolo da antiguidade pagã e politeísta, o Panteão em Roma, ou Pantheon, como chamam os italianos, é o monumento antigo mais conservado da Cidade Eterna.

Também símbolo dos rituais e crenças antigos, foi erguido em homenagem não a um, mas a “Todos os Deuses” por Marco Agripa, entre 27 a.C e 25 a.C, do reinado de Augustus.

Um dos mais famosos pontos turísticos de Roma, o Panteão tem mais de 2 mil anos de história e é famoso pela peculiaridade da arquitetura de sua cúpula, que possui proporções gigantescas, sem colunas de sustentação.

Além disso, em seu cume há uma abertura de cerca de 9 metros de diâmetro (o óculo) e, ainda assim, não permite que as águas da chuva molhem o interior dessa magnífica obra da engenharia da Itália, utilizada por séculos.

Neste artigo, te conto tudo o que precisa saber antes de visitar o panteão em Roma: como chegar, história, tours guiados e dicas para visitá-lo da melhor forma possível.

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Tudo sobre o Panteão em Roma

O Panteão em Roma está localizado na Piazza Della Rotonda 1 e para chegar a melhor e mais eficaz maneira é fazer o percurso a pé, pois o monumento fica em pleno Centro Histórico da cidade, onde é proibida à circulação de veículos particulares.

Além disso, ele está próximo a outros atrativos de Roma que merecem uma visita, como a Piazza Navona, o Campo dei Fiori, o Templo de Adriano, e a famosa Fontana di Trevi, que fica em frente. O mais incrível é poder conhecer todos estes lugares históricos da Itália, caminhando.

Horário de funcionamento:

• De segunda a sábado – das 9h às 19h30
• Aos domingos – das 9h às 18h
• Feriados – das 9h às 13h

Fique atento, pois o Panteão fecha apenas 3 dias por ano: 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro.

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História do Panteão em Roma

A história do Panteão em Roma é tão magnífica quanto sua estrutura.

Dizem que Agripa teria tido apenas a ideia de fazer um complexo de edifícios em suas terras para seu uso exclusivo, no Campo de Marte, que seriam o Banhos de Agripa, a Basílica de Netuno e o Panteão.

Durante os séculos que se seguiram na Europa, o edifício do Panteão foi demolido, reconstruído, destruído por dois incêndios, raios, até ser definitivamente construído na forma que está hoje, por Adriano, o Imperador Arquiteto.

O Panteão foi finalizado em um período da história em que Roma era economicamente mais próspera e estável, com um comércio livre e crescente em várias províncias, com grande desenvolvimento acontecendo por todas as cidades do Império, resultante dos diversos programas de expansão e de construção.

Os mais populares eram os banhos públicos, fóruns, teatros e circos para os cidadãos romanos. A época era de paz e harmonia e por isso, grandes obras arquitetônicas eram construídas como legado ao povo. Por falar nos grandes monumentos da cidade, saiba também tudo sobre o Coliseu de Roma.

Nessa fase chega ao auge a geometria romana e o desenvolvimento do sistema estrutural das construções, o progresso na tecnologia de engenharia foi inevitável, principalmente pela inovação em termos de material; foi nessa época que os romanos criaram o que hoje conhecemos como concreto.

Em 609, o Panteão foi transformado em uma igreja cristã, consagrado à “Santa Maria e os Mártires”.

Foram colocados em seu interior relíquias de mártires trazidos das catacumbas de Roma. E a partir do Renascimento, grandes personalidades nele foram sepultadas.

Os mausoléus mais visitados são os dos Reis Vítório Emanuel II e Humberto I (e sua esposa, Margarida de Saboia), além da tumba do famoso pintor Raffaello Sanzio.

O fato de o Panteão ter sido transformado em uma igreja e um mausoléu salvou-o do abandono, da destruição e de depredações.

Situação comum a maioria dos edifícios da Roma Antiga durante os séculos iniciais da Idade Média. Confira também como visitar o Fórum Romano.

Essa iniciativa pôs fim aos constantes ataques ao seu patrimônio, realizados por antigos governantes que removiam metais, pedras, telhas, paredes de mármore.

Tudo o que era possível ser levado para construir ou decorar outros palácios da época, seja na Itália ou em outros países, era furtado.

Até os próprios visitantes tentavam levar “lembrancinhas” para casa e carregavam partes das construções. Saiba quais são as mais belas cidades perto de Roma.

A verdade é que o Panteão guarda ainda muitos segredos, porque nem mesmo os historiadores chegaram a um consenso sobre qual teria sido o real objetivo da sua construção.

Muitas teorias e lendas inspiram a todos que admiram sua imponência e riqueza de arquitetura, sendo imitado em obras existentes em diversas cidades espalhadas pelo mundo.

Tours guiados pelo Panteão em Roma

A parte mais incrível e curiosa, que sempre chama a atenção de todos os que optam por fazer um tour pelo Panteão com guia de áudio é o interior da cúpula que, acredita-se, ter sido desenhada para simbolizar a abóbada celeste. Você terá além dos áudios, um mapa para poder explorar o monumento a vontade e no seu tempo.

Caso prefira adquirir a excursão guiada ao Panteão, poderá conhecer o local por 45 minutos ao lado de um guia que te contará as histórias e esclarecer suas dúvidas sobre cada canto, especialmente o óculo.

Outro tour que recomendo muito é fazer um passeio guiado pela Fontana di Trevi, Praça da Espanha e Panteão.

Neste passeio você conhecerá os lendários monumentos de Roma em grupo de até 25 pessoas com um guia especializado e de quebra ainda ganha um gelato (verão) ou um chocolate quente (inverno) para saborear enquanto contempla lindos visuais.

Se além de conhecer este monumento histórico você gostaria ver de perto o túmulo de um rei e admirar obras de arte de um dos maiores artistas de todos os tempos, o tour Pantheon e Santa Maria Sopra é o ideal.

Nele você fará uma visita guiada pelo Panteão, inclusive pelo mausoléu onde se encontra a sepultura de Victor Emmanuel II, que teve seu reinado de 1849 a 1861; o passeio segue na Basílica de Santa maria, onde encontram-se belas pinturas de Michelangelo.

O que ver no Panteão

Para começar, logo que você chega para conhecer o Panteão, se depara com as 16 colunas coríntias trazidas do Egito, feitas de pedra maciça, que erguem sua fachada; ao entrar, o piso de mármore original é outro encanto.

No ponto mais alto está o óculo; ele e a porta de entrada são as únicas fontes de luz natural internamente.

Enquanto as horas passam, a luz que penetra pelo óculo move-se sobre as paredes em sentido anti-horário como um relógio de sol, iluminando cada detalhe, revelando ao longo dentre as estátuas ali colocadas.

É possível ver as referências aos deuses Marte e Vênus, os antepassados divinos do imperador Júlio César.

O óculo mede 9 metros de diâmetro e sua função técnica era equilibrar o peso da cúpula para que ela não caísse; sua função simbólica é a de servir de ponto de comunicação direta com os deuses e a função astronômica é que, por ele, entra um raio de luz que permite estudos de astronomia.

Ainda, o óculo também possui uma função arquitetônica, pois serve como sistema de resfriamento e ventilação, permitindo que durante dias de chuvas e tempestades, ocorra a drenagem das águas que escorrem pelas paredes e desaparecem através do piso; evitando que interior da construção fique molhado.

Uma ocasião importante para visitar o Panteão é o dia de Pentecoste.

Nessa data acontece a celebração que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus, cinquenta dias depois da Páscoa.

Por ser uma das datas mais importantes da igreja Católica, em diversas igrejas italianas algo especial estará acontecendo e no Panteão você irá encontrar a famosa chuva de pétalas de rosas vermelhas.

Segundo a tradição, a chuva de pétalas vermelhas acontece em homenagem à passagem bíblica, que narra o momento em que os apóstolos todos reunidos receberam uma chuva de línguas de fogo, simbolizando a descida do Espírito Santo sobre eles.

Após a Missa de Pentecoste, elas são despejadas através do óculo pelos bombeiros da cidade; além de proporcionarem um espetáculo lindo de se ver, deixa muita gente arrepiada e emocionada. Do lado de fora, o rapel dos bombeiros nas laterais da construção é um show à parte!

Dicas para visitar o Panteão

• A entrada no Panteão é gratuita, mas ele pode fechar em dias de missas, concertos ou outros eventos.
• Para retirar o áudio guia é preciso apresentar um documento válido, que pode ser o passaporte, RG, carteira de motorista ou cartão de crédito. A identificação ficará retida como depósito durante a visita e liberado ao devolver o áudio guia; cópias não são aceitas.
• Como o Panteão funciona como uma Basílica, é importante estar atento aos trajes, pois não é permitida a entrada de pessoas vestindo shorts, coletes ou blusas sem manga;
• Ainda por ser um edifício que sedia diversas atividades religiosas, não é permitido tirar fotos com flash e é sempre bom evitar conversas barulhentas.

Visite o Panteão em Roma

Independentemente de como foi ou é utilizado, o Panteão é um monumento magnífico, intrigante e admirável!

Conhecê-lo por dentro é tão prazeroso quanto observá-lo sentado na escadaria da Fontana que está a sua frente. Tudo em Roma é assim: cheio de história e fascinante!

Esse gigante passou através de todas as épocas da nossa história, viveu o apogeu e a queda da Roma antiga, a turbulenta época medieval, a ascensão papal e o período renascentista; até se tornar o protagonista indiscutível da Roma capital, quando foi escolhido pelos Reis da Itália unificada para seu descanso eterno.

Embora se pense que toda sua imponência tenha sido construída em homenagem aos deuses e aos céus, como honra aos cultos e práticas religiosas da época, na verdade, o Panteão simboliza o próprio Império Romano. Sua força, seus dias de glória e uma história jamais que jamais será esquecida.

Recomendo também o artigo passeios incríveis em Roma, onde você confere quais são os 11 tours mais procurados pelos turistas que visitam a Cidade Eterna e como adquiri-los.

E você, ainda têm dúvidas sobre o Panteão em Roma? Já esteve na capital da Itália e tem alguma dica para compartilhar? Deixe sua resposta nos comentários!

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