Transporte público em Cuba: como se locomover na ilha

Consolidando-se cada vez mais como destino turístico de brasileiros e brasileiras, Cuba possui diversas portas de entrada e veem investindo em infraestrutura turística. Neste post, além de conhecer as informações mais importantes sobre as formas de entrada em Cuba, você ficará sabendo tudo sobre o transporte público em Cuba e como se locomover na ilha.

São dicas sobre voos, condições das estradas, postos de gasolina, sobre como alugar um carro e se vale a pena, tipos e valores de diferentes meios de transporte, entre outras dicas para facilitar o planejamento de sua viagem.

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Aeroportos cubanos

O principal acesso a Cuba é pelo Aeroporto Internacional José Martí, de Havana. No entanto, existem inúmeros outros neste país do Caribe. Entre nacionais e internacionais, são cerca de 20!

Para quem sai do Brasil, o acesso também é comum pelo Abel Santamaria, de Villa Clara, e pelo Antonio Maceo Grajales, de Santiago de Cuba, mas certamente você encontrará passagens com entrada por outros aeroportos, como pelo de Holguín.

A seleção do aeroporto de chegada e partida será determinante para o roteiro de sua viagem. Portanto, vale a pena escolher (se houver essa possibilidade) aquele que esteja mais de acordo com o planejamento que você planeja seguir.

Como expliquei no post sobre as principais cidades para conhecer em Cuba, o país pode ser dividido em três grandes regiões, Ocidental, Central e Oriental, e dificilmente você dará conta de conhecer tudo o que pretende em uma única viagem turística.

Para quem viaja com mais recursos, uma possibilidade é utilizar os voos nacionais também como forma de locomoção dentro do país. Alguém que faça questão de conhecer, por exemplo, Havana e Santiago de Cuba, uma viagem rodoviária de cerca de 12 horas, pode otimizar o tempo pegando um avião. O mesmo também se aplica para quem pretende conhecer a Ilha da Juventude.

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Conexões de voos

No momento, não há voo direto do Brasil para Cuba, ainda que haja saída das principais capitais brasileiras. As paradas geralmente ocorrem na Cidade do Panamá (Panamá), em Bogotá (Colômbia) ou em Lima (Peru). O tempo médio total de voo, contando o intervalo de troca de avião, é de 12 horas.

No meu caso, a conexão foi realizada no Panamá, e o tempo de espera entre um voo e outro era longo. Acabei optando por ficar hospedada na cidade por uma noite (veja onde se hospedar na Cidade do Panamá). Foi a melhor coisa que fiz. Conheci rapidamente uma parte muito charmosinha da cidade, a região do Casco Viejo, e cheguei em Cuba descansada.

Importante! Não são raras as promoções de companhias aéreas como a American Airlines. A menos que você tenha negócios em Cuba, fazer escala nos Estados Unidos não é uma opção para quem vai a Cuba, em função do embargo imposto pelo governo norte-americano. Assim, procure viajar apenas com escalas em cidades da América Latina.

Transporte público em Cuba

Fique sabendo como são as estradas cubanas e quais são os principais meios de transporte da ilha. São dicas práticas sobre como se locomover em Cuba, a partir de minhas experiências explorando por conta própria alguns dos principais destinos turísticos do país.

Vale a pena alugar um carro em Cuba?

A regra geral para alugar um veículo e dirigir em Cuba é possuir a carteira de habilitação do país de origem, o passaporte e ser maior de 21 anos. A reserva do veículo deve ser feita em uma das agências cubanas com o máximo de antecedência possível, para garantir o carro desejado.

Os termos e as condições de aluguel, assim como os valores podem ser consultados nos sites da Havanautos/Cubacar ou Rex. Em geral, os custos ficam a partir de 500 dólares, por sete dias.

Alugar um carro é uma boa alternativa para quem pretende conhecer várias cidades, possui mais companheiros de viagem (para dividir a direção e os custos) e não está com o orçamento apertado. Essa foi a minha escolha, já que eu estava com mais três pessoas, tínhamos algumas malas e visitaríamos diversas regiões.

Apesar de ter dado tudo certo, dirigir um carro novo em Cuba pode ser uma aventura maior do que seria com um bem antigo. Com a limitação de entrada de importações na ilha, a manutenção deixa a desejar, e com o carro que alugamos, um Peugeot 2008 fabricado em 2015, não foi diferente.

Aparentemente ele estava bastante razoável, mas a luz do motor ligava com certa frequência e os pneus estavam quase carecas. Como pegamos alguns dias de chuva e o carro estava pesado, houve certa preocupação.

Utilizamos esse carro praticamente apenas para ir de uma cidade para outra – no total, em torno de 3 mil quilômetros. Em cada destino, por não conhecermos direito o local e para ter mais liberdade para beber (difícil resistir a um mojito!), acabávamos usando um dos serviços que elencarei a diante.

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Postos de gasolina em Cuba

Os postos de gasolina cubanos oferecem dois tipos de gasolina: regular (90 octanos) e especial (94 octanos). A recomendação é que sempre seja usada a gasolina especial nos carros alugados. Esse combustível é de melhor qualidade e, consequentemente, um pouco mais caro.

Um ponto importante é que nem todos os postos de gasolina possuem a tal da gasolina especial. Por isso, vale a pena manter o tanque sempre cheio. Ah, e lá bombas são de autosserviço, ou seja, não há frentistas, apenas alguém para receber o pagamento (em dinheiro).

Identificação de veículos

Uma curiosidade é que, desde o ano de 2013, Cuba adota um sistema de identificação que categoriza cada tipo de veículo. A letra T é utilizada para os carros que são alugados para turistas, a letra P aponta para veículos particulares, a letra F acompanha os pertencentes às Forças Armadas cubanas e a letra A indica aqueles que são de propriedade do Estado. Assim, as placas apresentam uma dessas quatro letras acompanhada de seis números.

Como são as estradas de Cuba?

Em minha viagem, passei por duas grandes estradas, a Carretera Central, que atravessa toda a ilha, e a Autopista Nacional, além de outras menores. O estado de conservação das duas maiores e mais utilizadas, nos trechos que peguei, era bem razoável e comparável a muitas das estradas brasileiras. As menores eram mais esburacadas e mais perigosas por só terem um pista dividida para ida e volta.

Embora eu tenha lido muitos comentários sobre a falta de placas de sinalização nas estradas enquanto planejava a minha viagem, não cheguei a achar isso um problema. É claro, antes de sair do Brasil, baixei os mapas das estradas no celular, o que ajudou muito.

Assim, o maior motivo de atenção foram as inúmeras carroças e bicicletas que dividem espaço com os demais veículos. Vale lembrar também que animais cruzam com frequência essas estradas. Por todos esses motivos, evite viajar à noite.

Abordagem policial nas estradas

Parece ser comum a abordagem de policiais a carros de turistas. A questão é que também parece ser frequente a tentativa de ganhar um dinheiro fácil nessas abordagens.

Os textos que li antes de embarcar para Cuba já alertavam… A locadora do veículo também recomendou que qualquer tipo de multa só fosse paga nos escritórios regionais localizados por toda a ilha.

Nos pararam uma única vez na estrada. O policial alegava que cruzamos um trecho com velocidade superior ao limite de 60 km/h, por ser uma ponte em manutenção – o que pode mesmo ter ocorrido, já que no restante da pista o limite era de 100 km/h. Após uma tentativa de cobrar a multa ali mesmo, no local, demonstramos conhecer a legislação quanto a pagar apenas nos escritórios, e fomos liberados ao oferecer uma garrafa de água gelada ao policial.

Estradas que levam a Cayo Coco ou Cayo Santa Maria

Para quem vai passar por Cayo Coco ou Cayo Santa Maria, a alegria começa já na estrada. Os caminhos que levam até as ilhas são fantásticos: apenas uma estradinha com águas por todos os lados. O nome oficial desse tipo de intervenção é Pedraplén, e ela é formada a partir de um aterro rochoso, em grande parte.

A sensação de passar por ali foi realmente muito diferente e agradável.

Ônibus de viagem

No caso de não alugar um carro, a melhor alternativa para se locomover em Cuba de uma cidade para a outra de maneira confortável, é utilizar um dos ônibus da Viazul. Os valores de cada destino podem ser conferidos no site da empresa. Apenas a título de exemplo, o trajeto de Havana a Varadero, com aproximadamente três horas de duração, custa hoje 10 dólares. Outra opção é contratar um transfer, geralmente negociado junto ao hotel.

No blog Viaje por Si, a Juliana Langraf aponta para outra alternativa: os caminhões. Usados para o transporte de pessoas também entre cidades, eles são uma opção nada confortável, porém bastante econômica. Segundo ela, o trajeto entre Santa Clara e Cienfuegos custou 20 CUP – menos de 1 dólar.

Vou de táxi

Meu principal meio de transporte dentro das cidades foi mesmo o táxi. As frotas costumam ser um misto de carros novos e antigos. Os valores cobrados são altos: cerca de 10 CUC para fazer um pequeno trajeto em Havana, por exemplo.

Em Santa Clara, chegamos a andar também em um tuk-tuk. O preço foi de 6 CUC para ir da parte mais central da cidade até o memorial do Che Guevara.

O táxi certamente também é a melhor opção para ir do aeroporto ao hotel e vice-versa, caso você não alugue um carro.

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Bicitáxi e Cocotáxi

Para grupos menores e trajetos pequenos, as bicitáxis, que acomodam duas pessoas, e os cocotáxis ou cocomóvil, que acomodam três pessoas, são também opções. Todavia, não costumam ser baratos.

Ônibus de linha normal

O ônibus de linha que circula no interior das cidades cubanas também pode ser utilizado por turistas. O valor é de 1 CUC – para cubanos é de apenas 1 CUP. São pouco utilizados por turistas por conta da lotação.

Uma alternativa aos ônibus são os táxis coletivos. Eles são bem mais baratos que um táxi normal, mas possuem rota fixa.

O objetivo deste post foi apresentar um panorama geral sobre os meios de transporte público em Cuba, desde a entrada no país, passando pelo deslocamento entre cidades, até a locomoção dentro de cada destino.

Espero que essas informações contribuam no planejamento de sua viagem e, de verdade, que você volte aqui para contar como foi 🙂

Até + !!!

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O ideal é reservar com antecedência os ingressos para seu roteiro em Cuba, para evitar filas de espera na entrada das atrações e garantir presença em atividades mais concorridas, pois elas podem ficar indisponíveis para compra de última hora.

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