A Suazilândia, que tem como nome oficial Reino da Suazilândia, é um pequeno país do sul da África que faz fronteira com Moçambique e também com a África do Sul.
Sem saída para o mar, a paisagem é belíssima, formada por os planaltos cobertos por savanas e pastagens, cheio de rios e cachoeiras.
Apesar de não ser um destino famoso principalmente para nós brasileiros, o pequeno país está no roteiro de vários mochileiros, que aproveitam que estão na região para esticar e conhecer esse inusitado destino.
Esse foi mais ou menos meu caso, pois a Suazilândia está no roteiro da Pangea Trails, empresa que me levou para um roteiro de viagem na África do Sul.
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Neste artigo você vai ver:
Turismo na Suazilândia
A Suazilândia é um pequeno país entre Moçambique e a África do Sul. E, apesar de não estar entre os destinos mais procurados no continente por viajantes brasileiros, é um lugar sensacional com planaltos cobertos por savanas e pastagens, cheio de rios e cachoeiras.
A cultura local é um dos principais atrativos para o turismo na Suazilândia, pois o país representa bem a cultura tradicional africana e o viajante tem a oportunidade de conhecer diversas cerimônias tradicionais, suas danças folclóricas, entre outros.
O evento cultural mais conhecido da Suazilândia é a anual Dança Reed que ocorre no final de agosto ou início de setembro, onde as meninas virgens dançam e cantam para o rei e a rainha-mãe. Veja mais da cultura do país neste vídeo produzido pela Agence France-Presse (AFP).
Mas sem dúvida, são as belezas naturais que mais chamam a atenção de quem visita a Suazilândia, principalmente devido aos diversos parques e reservas naturais espalhados por seu território.
Um dos mais famosos parques do país é a Reserva Mantenga, onde fica a Mantenga Cultural Village, uma aldeia onde o visitante pode conhecer um pouco das tradições antigas da etnia Swazi.
Outra reserva da região que vale a pena conhecer é o Parque Nacional Hlane Royal, um dos três maiores parques do país, e um ótimo local para se observar os rinocerontes-brancos, leões, leopardos e elefantes.
O país ainda tem a Reserva de Animais Mbuluzi onde é possível ver animais como girafas, macacos, zebras, gnus, impalas; a Reserva Natural Malolotja, que tem mais de 200 quilômetros de trilhas, cachoeiras, com paisagens que impressionam.
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O que fazer na Suazilândia
Visitar parques e safári na Suazilândia
Um dos mais famosos parques do país é a Reserva Mantenga, acessível também por quem se hospeda no excelente Mantenga Lodge. Localizado no Vale Ezulwini o parque tem 725 hectares e abriga as Cataratas do Mantenga, as mais famosas do país e maiores em volume de água.
Além da belíssima reserva natural, o local abriga a Mantenga Cultural Village, uma aldeia onde o visitante pode conhecer um pouco das tradições antigas da etnia Swazi (que habitava o local), sua música, dança, etc.
Outra reserva da região que vale a pena conhecer é o Parque Nacional Hlane Royal, um dos três maiores parques do país, com 30 mil hectares, é dominado por uma antiga vegetação e serve de habitat para diversos animais.
O Hlane Royal é um ótimo local para se observar os rinocerontes-brancos, leões, leopardos e elefantes. Ele tem ainda, a maior densidade de aves de rapina do país.
Mais próximo a Moçambique, vale a pena conhecer a Reserva de Animais Mbuluzi. Durante a visita é possível pescar, fazer caminhadas e dirigir pelas trilhas em busca da fauna local, como girafas, macacos, zebras, gnus, impalas. O viajante pode ainda acampar dentro do próprio parque.
Por fim, vale a pena conhecer também a Reserva Natural Malolotja, que se estende por uma área de 18 mil hectares, ao noroeste do país, sendo a maior área proclamada no reinado. A região é, em sua maioria, composta por altas montanhas (acima dos 1.500 metros de altitude).
Há também na região grandes áreas ainda inexploradas. São mais de 200 quilômetros de trilhas espalhados pelo parque, que é cheio de cachoeiras, com paisagens que impressionam e por si já valem a visita.
Conhecer as cidades da Suazilândia
A capital administrativa do país é a cidade de Mbabane, localizada no extremo norte do Vale Ezulwini. É uma cidade pequena e descontraída, onde o centro comercial é seu principal atrativo. Por sua vez, a cidade de Lobamba é a capital legislativa e espiritual do reino.
Situada no coração do Vale Ezulwini, é nela que se localizam as casas dos membros da família real e o Embo State Palace (palácio construído pelos ingleses para abrigar Sobhuza II, suas esposas e filhos). Aqui também fica o Museu Nacional que oferece exposições sobre a cultura Swazi e sedia uma aldeia tradicional em seu terreno.
Quase todas as pessoas na Suazilândia são da etnia Swazi, embora existam pequenas populações de Zulu, Tsonga, asiáticos e europeus. O país possui como línguas oficias o inglês e o swazi.
Minha experiência na Suazilândia
Como disse no início do texto, minha passagem pela Suazilândia aconteceu por causa do roteiro de viagem que fiz com a Pangea Trails, uma vez que o país fica literalmente dentro da África do Sul, no caminho entre o famoso Kruger National Park e Durban, dois destinos importantes do roteiro.
Confesso que dificilmente faria essa viagem se fosse numa situação diferente, mas descobri que o lugar é sensacional com planaltos cobertos por savanas e pastagens, cheio de rios e cachoeiras. E, sei que hoje me arrependeria muito por não ter conhecido essa joia africana.
Dentro da van, nos momentos que antecediam a entrada nesse novo país, nosso guia contou um pouco sobre a triste história da Suazilândia, sobre a boa vida da família real e descaso total com a população. Nosso objetivo não era tirar fotos das cachoeiras nem visitar parques nacionais, mas sim conhecer mais afundo as tradições e cultura de um povo que tem uma história tão triste.
Alguns quilômetros depois de cruzar a fronteira, após uma rápida fila para ganhar um novo carimbo no passaporte (Yeahhhh), paramos num supermercado para comprar os mantimentos para os próximos dias. Para minha surpresa, nada da esperada pobreza, pelo contrário, um mercado normal como conhecemos em qualquer lugar do mundo.
Na manhã seguinte, partimos para conhecer o trabalho da All Out Africa, uma ONG que faz um trabalho incrível para cuidar de crianças de até 7 anos que em sua maioria são órfãs. Já tive a chance de realizar trabalho voluntário, durante minha viagem ao Camboja, mas aqui foi diferente…
Pude conhecer crianças tão de perto, dar e receber carinho, e ir embora sabendo que muitas delas possuem uma expectativa de vida tão limitada, que isso me emocionou mais do que o normal. Recomendo que quem puder faça esse tipo de trabalho, é enriquecedor.
Deixando a tristeza de lado, paramos para o almoço no mercado Lobamba Lomdzala para comer o tradicional chiken dust, um churrasco de franco bem temperado acompanhado de salada e polenta, por cerca de 5 reais.
Durante a tarde, debaixo de um sol de rachar, um guia local nos levou para conhecer o Museu Nacional e logo em seguida a maior favela do país. Andamos pelas ruas e provamos a tradicional cerveja caseira (a mesma que provei no tour do Soweto).
Também entramos na casa de um artista para conhecer o trabalho que faz para melhorar a vida da sociedade, ensinando arte para as crianças. Saiba mais sobre a Stik N Mud.
Para terminar o dia, e minha experiência na Suazilândia, participamos de um típico churrasco com diversos tipos de carne e legumes, todos dividindo as travessas e comendo com a mão, como manda a tradição swazi.
Algumas curiosidades da Suazilândia
A Suazilândia, desconhecida para muitas pessoas, é o menor país localizado no hemisfério sul, com apenas 200 quilômetros de norte a sul, 130 quilômetros de leste a oeste e pouco mais de 1 milhão de habitantes.
Uma das poucas monarquias remanescentes do continente (que por isso é conhecido como Reino da Suazilândia), é um país de maioria cristã, tem uma sociedade patriarcal, formada por clãs e que admite a poligamia masculina.
O atual rei, Mswati III, foi coroado aos 18 anos em 1986 após a morte do antecessor. Atualmente ele possui 13 esposas, número bem mais modesto que as 120 de seu pai.
A Suazilândia carrega ainda uma estatística triste, a maior taxa proporcional de habitantes com AIDS no mundo. Calcula-se que cerca de um terço da população seja portadora do vírus e a expectativa de vida é de apenas 37 anos.
Foi triste e marcante andar pelas ruas, entrar nas escolas e projetos sociais, ao ver um monte de crianças e imaginar que boa parte delas não viverá por muito tempo.
Já pensou em viajar para a Suazilândia?
Apesar de ser um destino que estava fora de minha lista, fiquei surpreso com todas as experiências que vivi na Suazilândia. Aprender um pouco sobre sua história, cultura e tradições, me deixaram ainda mais apaixonado por essa vida de viajante, pois essa viagem me rendeu não só bons momentos, mas também me fez valorizar ainda mais a vida.
Por fim, uma informação importante é que os visitantes brasileiros não precisam de visto para entrar no país, mas todos ganham um carimbo bem legal no passaporte.
Eu adoraria ver sua participação aqui no blog, tirando suas dúvidas ou compartilhando algo que pode ajudar outros viajantes. Se também tiver dicas sobre o turismo na Suazilândia, ou quiser contar uma experiência, deixe seu comentário abaixo.
Até + !!!
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