Casablanca

Casablanca

Vou te contar uma coisa que pouca gente diz: Casablanca não é aquele cenário romântico do filme (que, aliás, foi gravado em estúdio), mas é uma cidade que surpreende quem dá uma chance real para ela. Enquanto Marrakech é o coração histórico, “Casa”, como os locais chamam, é o pulmão econômico.

É uma metrópole vibrante, barulhenta e cosmopolita, onde prédios art déco franceses convivem com minaretes e o Oceano Atlântico bate com força na orla.

A “vibe” aqui é bem diferente do resto do país. É menos focada em vender tapetes para turistas e mais em vida real, negócios e arquitetura grandiosa. Viajar para Casablanca é ver o Marrocos contemporâneo.

O grande cartão-postal, claro, é a gigantesca Mesquita Hassan II, que parece flutuar sobre o mar, mas a cidade também tem uma cena gastronômica incrível e uma vida noturna agitada na beira da praia.

Por que visitar Casablanca?

Muita gente usa Casablanca só como porta de entrada (já que tem o maior aeroporto), mas vale a pena ficar uns dois dias. É um destino indicado para quem curte arquitetura, história urbana e quer ver um lado mais “ocidentalizado” do mundo árabe.

Se você gosta de contrastes, vai adorar ver homens de terno andando lado a lado com pessoas vestindo djellabas tradicionais.

O ponto forte daqui é a mistura de estilos. Num momento você está na Old Medina, pechinchando artesanato num mercado apertado, e cinco minutos depois está caminhando por avenidas largas ladeadas por palmeiras e edifícios brancos que lembram a arquitetura de Miami ou Nice dos anos 30.

E tem o fator mar: almoçar frutos do mar frescos olhando para o Atlântico é uma daquelas experiências que recarregam a bateria.

Principais atrações e regiões

Casablanca é grande, então focar nas regiões certas é essencial. O ícone absoluto é a Mesquita Hassan II. É difícil explicar o tamanho dela, o minarete tem 210 metros de altura, e o fato de parte do chão ser de vidro sobre o mar. É de cair o queixo.

Perto dali, a Old Medina oferece aquele gostinho de mercado árabe, mas sem ser tão labiríntica quanto a de Fez. Para quem quer ver a herança francesa, o bairro de Habous (ou Nova Medina) é imperdível, com suas arcadas charmosas e livrarias antigas.

O centro da cidade, ao redor da Praça Mohammed V, é um museu a céu aberto de arquitetura. E, claro, a La Corniche, no bairro de Ain Diab, é o calçadão à beira-mar onde todo mundo vai para caminhar, ver gente bonita e curtir os clubes de praia.

Ah, e para os fãs de cinema, o Rick’s Café existe sim, foi recriado para imitar o do filme e é super elegante.

Onde se hospedar em Casablanca

Escolher a localização certa é fundamental para aproveitar o melhor de Casablanca, já que o trânsito pode ser intenso. A infraestrutura hoteleira aqui é vasta, variando desde hotéis de luxo voltados para negócios até opções mais turísticas à beira-mar.

Para estar perto das atrações históricas e da arquitetura art déco, a região do Centre Ville (Centro) e Gauthier é a mais indicada. Você faz muita coisa a pé ou com uma corrida curta de táxi.

Já para quem busca clima de férias, vista para o mar e agito noturno, o bairro de Ain Diab (na Corniche) é o lugar, cheio de resorts e hotéis com piscina.

Gastronomia e cultura

Em Casablanca, a regra é comer bem. A influência francesa é fortíssima, então você vai encontrar patisseries (confeitarias) com croissants perfeitos em cada esquina. Mas não deixe de provar os clássicos marroquinos. O Cuscuz de sexta-feira é sagrado, e os pratos com peixes e frutos do mar são muito mais frescos aqui do que no interior do país.

Culturalmente, Casablanca é mais liberal que outras cidades marroquinas. Você vê mais gente vestida à moda ocidental e a vida noturna é mais ativa. Ainda assim, é um país muçulmano, então o respeito aos costumes locais continua valendo, especialmente perto das mesquitas.

Melhor época para viajar a Casablanca

O clima aqui é bem agradável por causa da brisa do mar. A melhor época para visitar é na primavera (março a maio) ou no outono (setembro a novembro). Nesses meses, a temperatura é perfeita para bater perna.

O verão (julho e agosto) pode ser quente e úmido, mas as praias ficam lotadas e animadas. O inverno é suave, dificilmente faz muito frio, mas pode chover um pouco mais. Resumindo: dá para ir o ano todo sem grandes problemas.

Dicas úteis para planejar sua viagem

Chegar e sair é fácil: o trem conecta o aeroporto ao centro (estação Casa Voyageurs ou Casa Port) em cerca de 40 minutos, barato e confortável. Para andar pela cidade, os “Petit Taxis” (vermelhos) são a melhor pedida.

Eles são compartilhados e têm taxímetro, mas fique de olho para ver se o motorista ligou mesmo. O Tramway (bonde moderno) também é ótimo para cruzar a cidade fugindo do trânsito.

A moeda é o Dirham, e cartões são aceitos na maioria dos lugares grandes, mas tenha sempre dinheiro vivo para os táxis e lojinhas menores.

Abaixo, você encontra nossos artigos detalhados com roteiros, dicas de hotéis e tudo o que publicamos sobre Casablanca. Boa leitura e boa viagem!

Perguntas frequentes sobre Casablanca

Quantos dias ficar em Casablanca?

Diferente de Marrakech, Casablanca é o centro econômico e não o principal polo turístico. Geralmente, 1 ou 2 dias são suficientes para conhecer os principais pontos, como a Mesquita Hassan II, a Corniche e o bairro Habous. Muitos viajantes usam a cidade apenas como porta de entrada ou saída do país.

O filme Casablanca foi gravado na cidade?

Não! Essa é uma das maiores curiosidades. O clássico filme de 1942 foi inteiramente filmado em estúdios de Hollywood, nos Estados Unidos. Porém, para os fãs, existe o Rick’s Café na cidade, um restaurante que recria fielmente o cenário e a atmosfera do filme.

A Mesquita Hassan II é aberta para não muçulmanos?

Sim, e essa é uma oportunidade rara. A Mesquita Hassan II é uma das poucas mesquitas no Marrocos aberta à visitação de turistas não muçulmanos. As visitas são guiadas, ocorrem em horários específicos fora dos momentos de oração e exigem vestimenta respeitosa (cobrindo ombros e joelhos).

Vale a pena incluir Casablanca no roteiro?

Vale a pena se você tiver tempo ou se o seu voo chegar por lá. O grande destaque é a monumental mesquita à beira-mar e a arquitetura Art Déco do centro. No entanto, se o seu tempo for curto, cidades como Marrakech, Fez e Chefchaouen costumam oferecer uma experiência cultural mais intensa e tradicional.



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