A segunda parada da minha road trip da Rota 20 anos, em comemoração aos 20 anos de produção da Honda Automóveis no Brasil, foi a Chapada dos Guimarães. Já pensou em visitar?
Acabo de voltar de lá e estou impressionado com a beleza do lugar. Mirantes com vistas incríveis, cachoeiras, cavernas e lagos com água cristalina estão entre os pontos turísticos.
A cidade tem fácil acesso e fica bem pertinho de Cuiabá, exatamente 70km. Vale muito a pena conhecer o local, sendo possível montar um roteiro bem completo com 4 dias de viagem. Chapada já possui uma boa infraestrutura turística, com pousadas, restaurantes e agências de receptivo turísticos.
Preparei um guia completo com dicas sobre o que fazer na Chapada dos Guimarães, além de minha opinião sobre o turismo na região, para que você se tenha surpresas desagradáveis!
Neste artigo você vai ver:
Sobre a cidade da Chapada dos Guimarães
A Chapada dos Guimarães é uma pequena cidade com cerca de 20 mil habitantes, que tem sua localização no estado do Mato Grosso. O município abriga o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com 33 mil hectares. Em uma região típica de cerrado, o parque, entre outros atrativos, tem cachoeiras, cavernas, lagoas e muitas trilhas para explorar.
A cidade é bem simples, mas muito charmosa. Com muitas lojinhas de artesanato e bons restaurantes, concentrados principalmente na praça central, oferece boas opções aos turistas. Com uma altitude de 811 metros, o inverno costuma ser frio, sobretudo a noite. Mesmo no verão, as noites também são bem agradáveis e fresquinhas.
Eu visitei o parque 3 vezes, as duas primeiras num bate-volta saindo de Cuiabá. Dessa vez, passeio 3 noites na cidade e pude ver de perto como é o turismo. Apenas saiba que existe sim alta e baixa temporadas. Na baixa, fora do verão, como o movimento é mais baixo, alguns restaurantes não abrem em dias de semana.
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Qual a melhor época para ir?
A Chapada dos Guimarães tem duas estações bem definidas. Uma chuvosa, que vai de outubro a março, e outra seca, de abril a setembro. Em ambas é possível aproveitar os atrativos da cidade, mas cada uma com suas peculiaridades.
Quem visita durante a estação seca, enfrenta dois problemas principais. Os rios e cachoeiras podem estar com o volume de água baixo. Além disto, nesta época, devido à falta de umidade, há risco de queimadas. Por outro lado, com o tempo firme é possível fazer todos os passeios, e com a falta de chuva a água fica bem clarinha e transparente.
Já no período chuvoso, as cachoeiras ficam com um grande volume de água, porém a água pode ficar turva e com muitos galhos. Além disso, há risco de tromba d’água nos rios e cachoeiras. O lado positivo de visitar a região nesta época são as altas temperaturas, um incentivo a mais para aproveitar os rios e cachoeiras.
Como ir a Chapada dos Guimarães
A Chapada dos Guimarães está localizada a aproximadamente 70km de Cuiabá. É lá que fica o aeroporto mais próximo e que recebe voos das principais empresas de aviação, como Gol, Latam, Azul, Avianca e Passaredo.
O trajeto Cuiabá/Chapada dos Guimarães pode ser feito de carro, a bordo de um WR-V da Honda, ou de ônibus. Quem optar por ir de ônibus pode escolher entre duas empresas que atendem o destino, a Viação Rubi e a Expresso Chapadense. Há vários horários ao longo do dia e a viagem dura cerca de 1h30. Para quem vai de carro, o acesso é pela MT-251. A rodovia é toda asfaltada e tem boas condições.
Como eu vim direto de Bonito, no Mato Grosso do Sul (roteiro que fez parte do projeto #Honda20Anos), cheguei pelo outro lado da cidade, via Campo Verde. Parte da estrada estava sem sinalização, o que foi bem desconfortável por estar dirigindo à noite. Por isso mesmo, foi essencial viajar com um carro seguro para evitar qualquer contratempo.
Pousadas na Chapada dos Guimarães
A Chapada dos Guimarães já possui uma boa infraestrutura para o turismo e oferece várias opções de pousadas e hotéis. A maior parte das hospedagens se concentram na área central da cidade. A vantagem de ficar hospedado no centro é que estará próximo a restaurantes, lojas, agências de turismo, etc. Mas para quem prefere um lugar mais reservado e próximo à natureza, há diversas opções. Neste caso é ainda mais aconselhável estar de carro.
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Dica: quem for viajar durante algum feriado, deve ficar atento e fazer a reserva com antecedência. Durante os feriados prolongados a cidade fica bem cheia e a procura por hospedagem é muito grande.
Onde comer
A região central da cidade abriga muitos restaurantes e lanchonetes. Eles servem desde comida típica a opões como pizza, tapiocas, crepes, sanduíches, comida japonesa, entre outras.
Os pratos típicos são a base de peixe de água doce. O pintado, peixe comum da região, é muito utilizado nas receitas. Ele pode ser servido à milanesa, grelhado ou ensopado. O prato mais famoso com o pintado é o “mojica”, que nada mais é que um ensopado, feito com mandioca. Outro peixe muito comum é o pacu, servido principalmente frito e acompanhado de pirão e farofa de banana da terra.
O que fazer na Chapara dos Guimarães
O atrativo mais famoso fica no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, a cachoeira Véu de Noiva. Mas também é possível visitar rios, cavernas, lagos, morros e mirantes. Fora da reserva ecológica também há outros atrativos como a Caverna Aroe Jari, Ponte de Pedra e Lagoa Azul.
Como a lista sobre o que fazer na Chapada dos Guimarães é grande, preparei um guia com os principais pontos de interesse:
Cachoeira Véu de Noiva
A cachoeira Véu da Noiva é um dos principais cartões-postais do parque. Com uma queda de 86 metros ela enfeita um paredão de arenito. Seu poço é belíssimo, mas infelizmente interditado para banho por questão de segurança.
Mas é possível apreciar toda a beleza da cachoeira do mirante, de onde tem uma vista dela por inteiro. O mirante fica bem próximo a entrada do Parque Nacional e tem um visual impressionante. Ao lado do mirante há um restaurante que oferece uma bela vista do parque, mas os preços são mais altos do que na cidade. Vale a visita, mas não espere tanto da cachoeira, além da vista.
Dica: na mesma entrada do parque é possível também visitar duas cachoeiras, dos Namorados e Cachoeirinha. O acesso é permitido até o meio dia, então, a dica é chegar pouco antes disso e ir direto para as cachoeirinhas, pegando uma trilha de 1km. Como ninguém poderá entrar após o horário, as cachoeiras vão ficando vazias até o meio da tarde.
É permitido ficar no local até as 16:30. Porém, o acesso para a Véu da Noiva é até as 16hs, então programe-se para ir antes das cachoeiras, ou sair com tempo para entrar antes do fechamento.
Circuito das Cachoeiras
Trata-se de um percurso de cerca de seis quilômetros e que passa por seis cachoeiras! As cachoeiras são “7 de Setembro”, “Pulo”, “Degraus”, “Prainha”, “Andorinhas” e “Independência”. Além disso, entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas, há duas piscinas naturais que deixam o passeio ainda mais gostoso. Somente a cachoeira da Independência ou cacheira dos Malucos é proibida para banho.
A trilha é pelo cerrado e a vegetação é baixa, com poucas sombras. Então é importante levar chapéu ou boné e não se esquecer de protetor solar. Além disso, não há onde comprar comida e é indicado levar um lanchinho e garrafa de água.
Quem for ficar pouco tempo e não conseguir fazer todo o roteiro, vale a pena visitar pelo menos a cachoeira das Andorinhas. Ela é considerada a mais bonita do roteiro.
- É obrigatório contratar guia local.
Morro São Jerônimo
O Morro São Jerônimo é outro atrativo da Chapada dos Guimarães. Com 836 metros de altitude, ele oferece uma vista maravilhosa da região. A caminhada até o seu topo é um dos principais passeios da cidade.
A trilha mais procurada entre os visitantes da Chapada é a para o morro de São Jerônimo. Ela é longa e exige preparo físico, mas todo esforço é recompensado. A paisagem ao longo da caminha é incrível e quando se chega no topo é possível ter uma visão panorâmica da Chapada.
- É obrigatório contratar guia local.
Cidade de Pedra
Outro famoso cartão postal da região é a Cidade de Pedra, composta por formações rochosas de tonalidade vermelha. As formações foram esculpidas pelo vento e pela chuva e lembram as ruínas de uma cidade medieval.
A paisagem é tão bonita que já foi cenário de várias produções para a televisão, como a abertura da novela Fera Ferida. Quando fui em 2005 não era necessário contratar guia, mas hoje o portão de entrada fica fechado e poucas pessoas têm acesso. O preço do passeio gira em torno de R$ 300,00.
- É obrigatório contratar guia local.
Mirante do Centro Geodésico
Com uma altitude de 845 metros, o local tem uma vista incrível de toda a região. Em dias de céu claro é possível avistar inclusive a cidade de Cuiabá, que fica a cerca de 30 km da Chapada em linha reta. Uma dica é visitar o mirante durante o pôr do sol. Assistir ao entardecer lá de cima é muito bonito.
Uma curiosidade é que o local é considerado o Centro Geodésico da América do Sul, pois sua distância é exatamente igual do Oceano Pacífico e do Oceano Atlântico, 1.600 km.
Vale do Rio Claro
Para conhecer o Vale do Rio Claro há uma trilha, de cerca de 4km, que leva a vários atrativos. A primeira parada é uma formação rochosa chamada Crista de Galo, que oferece uma vista panorâmica da região. Andando mais um pouco chegamos em dois poços, o Poço da Anta e Poço Verde. Em ambos a água é muito cristalina e é possível inclusive fazer flutuação para observar peixes.
- É obrigatório contratar guia local.
Caverna Aroe Jari
A caverna do Aroe Jari é um dos locais mais bonitos da Chapada dos Guimarães. É a maior gruta de arenito do país, com 1,5 km de extensão, sendo alguns trechos submersos. A abertura principal tem 10 metros de altura e 60 de largura. As paredes da caverna possuem várias inscrições rupestres.
A caverna abriga ainda um lago de águas cristalinas, chamado de Lagoa Azul. Mas é proibido nadar no local, que fica ainda mais bonito nos meses de julho e agosto, quando durante alguns horários o sol entre pelas frestas e bate na lagoa, deixando o a lagoa toda iluminada e quando se pode entender porque recebeu o nome de Lagoa Azul.
A caverna não fica dentro do Parque Nacional, ela está localizada a 46 km da cidade da Chapada, em uma fazenda particular. Para visitar o espaço é necessário acompanhamento de guia e obrigatório o uso de calçados fechados. É necessário pagar uma entrada, escolher uma das opções de transporte interno (ida e volta, ou apenas um trecho) e contratar um guia local.
Dica: muitas agências vendem o passeio ainda na cidade, mas cobram um valor mais alto por isso. A melhor opção é ir de carro diretamente até a entrada da fazenda, e contratar o guia diretamente.
Valores de entrada:
- Entrada na fazenda: R$ 65,00;
- Transporte interno: R$ 20,00 ou R$ 25,00;
- Guia: a partir de R$ 150,00 dependendo do número de pessoas.
Caverna Kiogo Brado
A caverna do Kiogo Brado fica bem próximo da Caverna Aroe Jari, na mesma trilha de acesso a cerca de 800 metros da Lagoa Azul (todos esses atrativos estão inclusos na entrada da fazenda, junto com a Ponte de Pedra, Cachoeira Almescar e Pedra do Equilíbrio). A entrada da caverna é muito imponente, com cerca de 30 metros de altura, ela parece uma catedral.
Para explorar a gruta o visitante caminha por um duto que atravessa toda a sua extensão, são cerca de 270 metros. Durante a travessia impressiona a altura desta galeria. Uma curiosidade é que ela tem um curso d’água que atravessa toda a sua extensão.
Cachoeira da Martinha
A Cachoeira da Martinha tem acesso super fácil, bem ao lado da rodovia. Existem duas propriedades próximas que oferecem estacionamento no local, no valor de R$ 10,00. Como não existe controle, as pessoas fazem churrasco e vi até mesmo uma família acampando na margem do rio. Poderia ser mais bem preservada!
Cachoeiras do Marimbondo e da Geladeira
Elas estão localizadas em duas propriedades privadas bem perto da cidade, cerca de 10 minutos de carro. A entrada é paga e custa de R$ 7,00 a R$ 10,00. Em ambas há um pequeno bar na entrada.
Na Marimbondo há uma trilha de uns 250m, já para a Geladeira é preciso caminhar cerca de 1km. Não são cachoeiras espetaculares, mas valem a visita num dia de sol, principalmente se você não quiser gastar mais dinheiro contratando guias.
Mirante Alto do Céu
Junto com o Mirante Geodésico e Cidade de Pedra, é um dos melhores lugares para ver o pôr do sol na Chapada dos Guimarães. O acesso é fácil, indo por uma estrada de asfalto até a entrada da trilha, que tem cerca de 1km. A entrada custa R$ 20,00 por pessoa, mas pechinchei e saiu por R$ 10,00. Também há um restaurante no local, antes de iniciar a trilha!
Minha opinião sobre a Chapada
É um destino que definitivamente merece ser visitado, principalmente por suas cavernas, mirantes e cachoeiras. Porém, prepare-se para gastar mais dinheiro com os guias, ainda mais para conhecer os principais atrativos, como Cidade de Pedra, caverna Aroe Jari, Circuito das Cachoeiras e Vale do Rio Claro.
Eu não me importo em pagar para visitar as atrações, isso acontece em qualquer lugar do mundo. Porém, na Chapada dos Guimarães, fiquei com a impressão de que não há um envolvimento dos órgãos governamentais para cuidar do turismo na região, e o dinheiro gasto não retorna para a preservação dos atrativos.
Além disso, contratar um guia na cidade para te levar até o atrativo, é muito mais caro do que pagar um guia no local. E essa “briga”, acaba encarecendo toda a cadeia.
Guilherme Tetamanti viajou em parceria a Honda, para comemorar os 20 anos de fabricação dos carros no Brasil. A viagem foi patrocinada, mas as opiniões aqui publicadas são de livre expressão do autor. Para saber mais, explore a hashtag #Honda20Anos no Instagram.
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