Machu Picchu

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O turismo em Machu Picchu registra números elevadíssimos todos os anos. Só em 2018, mais de 1,5 milhões de pessoas dedicaram uns dias para conhecer e apreciar a Cidade Sagrada, uma das sete maravilhas do mundo moderno. Os dados contabilizados pelo governo do Peru sobre o turismo em Machu Picchu revelam que o Brasil é o 2º país a enviar mais turistas para lá, logo atrás dos Estados Unidos.

E não é para menos! Além de ser (relativamente) perto, não precisamos de visto (e nem de passaporte, na verdade) para entrar no Peru, o câmbio para os Nuevos Soles costuma manter-se próximo ao do real. Além disso, o idioma local – espanhol – não representa grandes barreiras para os brasileiros. Isso sem contar que Machu Picchu é um lugar cercado de poder e mistério, atraindo a atenção e curiosidade de muita gente!

Se você está pensando em viajar para o destino, continue comigo. Vou te contar tudo o que precisa saber para que sua viagem a Machu Picchu seja inesquecível! É só clicar nos links com todos os posts sobre Machu Picchu.

Planeje sua viagem​ => Onde se hospedar em Cusco

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Mapa de Machu Picchu

Machu Picchu Pueblo se localiza a 130 km de Cusco – a maior e mais importante cidade da região – e a 6 km de distância da cidade perdida dos Incas, as ruínas de Machu Picchu.

O destino é um dos mais famosos do mundo e não é à toa que é uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Além disso, Machu Picchu é um dos 11 destinos com monumentos mais famosos do mundo e ainda um dos misteriosos lugares místicos do mundo. Também recomendo como destino barato para lua de mel na América do Sul.

Tudo isso já é suficiente para ter vontade de conhecer às ruínas, mas a sensação, mesmo descrita não faz jus ao que você sentirá no local.

Para te ajudar a organizar seu roteiro de viagem para Machu Picchu falo sobre:

  • História
  • Clima
  • Como ir para Machu Picchu
  • Ingresso
  • O que fazer em Machu Picchu
  • Onde ficar
  • Dicas

CLIQUE AQUI para agendar passeios e ingressos para Machu Picchu »

Informações de Machu Picchu: história

turismo em machu picchu
História de Machu Picchu ainda hoje é cercada de mistérios e incógnita.

A história de Machu Picchu ainda hoje é cercada de mistérios, com dados conflitantes e teorias diversas.

Não há muito sobre a cidade do Peru antes de 1911 – quando o americano Hiram Bingham chegou à Cidade Sagrada – e onde as opiniões dos especialistas convergem. Como se não bastasse, ainda há a história que contam os guias e a verdade dos habitantes locais.

Teorias sobre o abandono da cidade e histórias seculares transmitidas de pais para filhos também rolam em quantidade. São tantas informações que fica mesmo complicado filtrar o que é real, mito e pura crença popular. Por isso, além de leituras diversas, conversei com um arqueólogo especialista na área para oferecer o melhor para você!

Para começar bem sua viagem pela história do Império Inca é interessante entender que Incas mesmo, de verdade, eram somente os líderes, os chefes da civilização.

O povo, liderado pelos Incas, são chamados de Quéchuas (ou Quíchua).

Essa diferenciação é destacada pelos melhores guias de Machu Picchu que explicam que, infelizmente, nem todo mundo da região é descendente de Incas, mas logo completam que isso não é desabonador: são muito orgulhosos de suas origens. E não é para menos.

Ingresso => Excursão para Machu Picchu e Huayana Picchu

Pachacuteq, O Imperador da conquista

Águas Calientes
Estátua de Pachacutec em Águas Calientes | Foto: ESkog, via Wikimedia Commons.

Segundo conta o arqueólogo peruano Lizardo Tavera Vega, especialista em estudos sobre o Império Inca da Universidad Nacional Federico Villarreal de Lima, Pachacutec foi o primeiro Inca a se aventurar além do vale de Cusco.

Inicialmente batizado como Cusi Yupanki – que em quéchua quer dizer príncipe alegre – decidiu mudar seu nome para o que o tornou famoso porque tinha um sonho: ser o reformador da terra. E é esse o significado da expressão Pacha Kutiq, que adaptada ao espanhol veio a ser seu nome tal qual conhecemos hoje.

E, de fato, Pachacuteq reformou toda a terra ao redor quando chegou ao poder.

Seu pai, Wiracocha Inca, abandonou a defesa de Cusco em meio à invasão da civilização chanca ocorrida por volta de 1430 levando com ele seu herdeiro, Urco, o meio irmão de Pachacutec.

Ao se ver sozinho em meio à situação caótica, o príncipe alegre mostrou a que havia vindo ao mundo: conquistou sua supremacia sobre os veteranos generais imperiais, tomou o controle das tropas, conseguiu a ajuda de outros povos através de negociação de terras e mandou ver na defesa de seus territórios.

Após uma vitória incrível, Urco – o meio irmão seria o herdeiro do trono – decidiu retornar à Cusco da pior maneira possível: atacando e matando Pachacutec.

Felizmente para a história, Urco foi malsucedido. O resultado dessa tentativa foi sua morte e a total aceitação de Pachacuteq como líder supremo do que viria a ser o Império Inca.

Construção de Machu Picchu

Cidade foi construída pelo imperador Pachacuteq
Cidade foi construída pelo imperador Pachacuteq.

Pachacuteq era um administrador de características únicas, muito à frente de seu tempo.

A estrutura social e econômica que desenhou para o Império Inca foi a grande responsável pela expansão admirável (mesmo para padrões atuais) de seus domínios.

Um exemplo é o sistema de llaqtas: grandes assentamentos construídos para controlar e administrar a economia das regiões que iam sendo conquistadas. Em cada uma das llaqtas residiam os administradores Incas, seus funcionários, serventes, artesãos, estudiosos.

Essas cidades burocráticas foram construídas ao longo do Qhapac Ñan, o Caminho Real dos Incas. Patallacta, no vale de Urubamba, é um exemplo.

Mas não o único! Machu Picchu é também uma dessas llaqtas, ainda que seu papel fosse diferente.

Ela foi construída em local distante do Caminho Real, mais escondido e protegido em meio ao Vale de Tampu. Os caminhos até ela eram secretos, proibidos para a população comum. A intenção era que LLaqta Picchu – um dos nomes originais – fosse um refúgio para a aristocracia em caso de ataques, um centro cerimonial, religioso e um centro de estudos de diversas áreas da ciência.

De fato, Machu Picchu serviu realmente ao propósito imaginado por seu idealizador: os últimos Incas e sábios do povo nela se refugiaram quando os espanhóis conquistaram Cusco, em 1532.

Anos depois, com a captura de Tupac Amaru – o último Inca rebelde – foi então abandonada por seus habitantes para salvar sua cultura do total desaparecimento.

Prático => Ingresso oficial para Machu Picchu

Descobrimento da Cidade Sagrada

roteiro machu picchu
Há várias histórias e lendas sobre a descoberta de Machu Picchu.

Guias e locais mostram um certo ressentimento contra Hiram Bingham, o explorador estadunidense que registrou o descobrimento de Machu Picchu, em 1911. Eles contam que por uma moeda o filho de Melchor Arteaga, um camponês, o levou até a Llacta.

Encantado com a riqueza do local, Bingham acreditou ter chegado a lendária cidade de Vitcos, alvo de sua viagem ao Peru.

Ao conhecer a cidade, o americano se comunicou com o então secretário da Universidad San Antonio Abad del Cusco e decidiu, por sugestão do mesmo, organizar uma expedição comprovadora.

Descobriu-se então, que o explorador Enrique Palmar já havia chegado a Machu Picchu antes, em 1902, deixando uma inscrição no local para marcar sua estada. Assim, Hiram Bingham retornou ao Peru em 1912 e comprou as terras onde se encontram as ruínas da Cidade Sagrada batizada por ele de Machu Picchu por 12 sóis de ouro.

O governo peruano não tinha interesse algum no passado Inca naquele momento. Conseguir a permissão para a exploração foi um processo simples. Assim, iniciaram-se escavações e destruições na cidade sagrada. Ainda que o governo não se posicionasse, os habitantes o fizeram.

Bingham e sua equipe começaram a levar as peças arqueológicas e riquezas encontradas para os Estados Unidos, alegando que somente lá poderiam ser estudadas.

A população se revoltou e houve protestos em várias cidades peruanas, mas sem sucesso. Estima-se que mais de 50 mil peças foram levadas, mas apenas umas poucas retornaram ao Peru.

Qual melhor época para visitar Machu Picchu?

o que ver em machu picchu

Machu Picchu tem clima muito diverso: o tempo é bem incerto e é capaz de fazer frio, chover e esquentar bastante tudo no mesmo dia. Eu mesma vivi tudo isso quando estive no local!

Os dados do Climate Data mostram que as temperaturas médias mensais em Machu Picchu Pueblo (Águas Calientes), ficam entre 16° e 19°C o ano todo.

O mês mais frio e seco costuma ser junho, com dias onde os termômetros chegam a marcar 8°C.

Já outubro ganha a posição de mês mais quente, com máximas possíveis de quase 28° C. De outubro a abril é a temporada de chuvas, sendo os outros meses secos. Isso não quer dizer que estará chovendo o tempo todo, mas em distintos momentos do dia e você vai precisar de uma capa de chuva.

E, na verdade, mesmo entre maio e setembro – a época mais seca – a chuva ainda é uma possibilidade, mesmo que mais remota.

A verdade é que você nunca estará totalmente livre da possibilidade de chuvas em Machu Picchu. É aquela velha questão das características geográficas mesmo: lá é uma região chuvosa e ponto!

melhores atrações machu picchu

Você certamente vai escutar por aí que a melhor época para fazer turismo em Machu Picchu é na temporada de seca, entre maio e setembro.

Mas, para mim a melhor época para ir para Machu Picchu é outra: vá em março ou no início de outubro.

Explico: Não chove tanto assim, o número de turistas dá uma diminuída considerável (dentro do que é a loucura de gente na cidadela!) e você vai economizar uma boa grana.

E não só na passagem: alimentação, hospedagem e as lembrancinhas também ficam mais em conta. De fato, março foi o mês que escolhi para fazer turismo em Machu Picchu, depois de pesquisar bastante.

Consegui uma boa oferta de passagens e hotéis e olha só que legal: só usei minha capa de chuva duas vezes, por curtas horas.

Embora haja variedade entre os países, saiba a melhor época para viajar pela América do Sul.

Tour => Vale Sagrado e Machu Picchu

Como ir para Machu Picchu?

como chegar

Há vários horários e tipos de trem.

Existem diversas opções para chegar em Machu Picchu, mas começo pelo trem é que a mais charmosa das opções e que tem ainda outras duas vantagens: é prático e menos cansativo.

Especialmente para quem vai ficar pouco tempo na região, sendo a opção mais adequada.

Existem duas companhias ferroviárias: a Inca Rail e a Peru Rail. Você pode comprar antecipadamente o ingresso em trem de luxo para Machu Picchu.

Ambas oferecem vagões diferenciados, dos mais luxuosos – com alimentação, bebidas e apresentação de dança – até os mais simples, que são confortáveis e tranquilos.

Para quem vai viajar durante o dia é bem legal escolher os trens panorâmicos, se o horário combinar.

As “janelonas” garantem umas vistas esplendorosas, mas não é essencial para garantir sua experiência de viagem. E, se vai viajar de tarde para a noite, nem se preocupe: é tudo escuro e você não verá nada mesmo. Honestamente, não há grande diferença no serviço ou no conforto de ambas companhias.

Vale a pena comprar sua passagem com aquela que oferecer o menor custo para a data de viagem. Quanto a investir mais em um trem luxuoso é legal, porém dispensável.

A rota de trem mais longa é de Cusco a Machu Picchu Pueblo e dura 3h15, mais ou menos.

Comprar um lanchinho e bebida na cidade e levar na mochila sai bem mais barato, e a dança que você assistirá no trem é bem mais bonita quando se assiste no Centro Qosqo de Arte Nativo (www.centroqosqodeartenativo.com), lá em Cusco. Visita imperdível, aliás.

caminhanda em machu picchu
Há diversas trilhas para a Cidade Sagrada.

Você pode conhecer Machu Picchu e região andando. Sim, há várias trilhas absolutamente incríveis que o levarão até lá em uma aventura que exige um bom preparo físico!

É preciso ter em conta algumas coisas antes de escolher uma trilha como meio para chegar até a Cidade Sagrada.

Por exemplo: não dá para fazer a trilha clássica em fevereiro (está fechada para manutenção).

Além de que você precisa se planejar com antecedência (há um limite diário de 500 pessoas por dia) e não dá para fazer o caminho por sua conta, é preciso contar com um guia de uma agência autorizada pelo governo.

Quem quer curtir o caminho até Machu Picchu a pé também pode optar deixar para comprar o pacote quando já estiver no Peru, mas há o risco de não ter vaga.

caminhar por machu picchu

A trilha Inca é um show de belezas naturais, história e aventura por seus 43 km de extensão.

São 4 dias e 3 noites de viagem a pé por parte da imensa rede de estradas construídas baixo ordens do Inca Pachacuteq – que são chamadas de Qhapac Ñan, em quéchua.

No caminho, você conhecerá as ruínas de Llactapata, visitará os sítios arqueológicos de Runkurakay, Saycarmarca, Phuyupatamarca e Wiñaywayna e chegará até Machu Picchu.

Não há como comparar a experiência com nenhuma outra maneira de se chegar a Machu Picchu.

A conexão com a natureza e com o espírito dos antigos é incrível. No entanto, o desgaste físico é grande e deve ser levado em consideração. Definitivamente, não é um jeito de chegar a Machu Picchu que sirva para qualquer um.

O caminho é uma subida puxada até a altura de 4,215 metros acima do nível do mar, e a consequente descida que culmina com a chegada em Machu Picchu.

A volta (felizmente!) é feita em trem e está incluída no valor do passeio.

Existe uma trilha adaptada, que leva 2 dias e 1 noite. São 12 km a pé e a experiência também é top. E você pode também agenda uma excursão com trekking de 5 dias na Trilha Inca.

Trilha Salkantay
Trilha Salkantay | Foto: McKay Savage, via Wikimedia Commons.

A Trilha Inca não é a única possível para se chegar a Machu Picchu. A Salkantay é outra opção, mas já aviso: exige um preparo físico ainda maior!

São 74 km de caminhada nível hard, distribuídos em 5 dias e 4 noites de duração. A aventura começa em um povoado andino chamado Mollepata.

De lá se segue para Soraypampa, Chaullay, Colpapampa, La Playa, Lucmabamba e no quarto dia se alcança o Caminho Inca, onde se passa por Llactapata e finalmente se chega a Águas Calientes, Machu Picchu Pueblo. Mas não para aí: no dia seguinte, a caminhada continua.

Sobre-se a pé até a cidade de Machu Picchu para assistir ao nascer do sol e a tarde se sobre até Wayna Picchu, a montanha dos cartões postais.

Não se arrisque a pensar nessa possibilidade se você não está muito bem preparado fisicamente e totalmente adaptado a altura da região. É mesmo para os fortes e bem treinados.

passeios machu picchu
Andar próximo a linha do trem não é recomendado.

Antes de falar dessa trilha, quero fazer um aviso: não indico, não recomendo, só estou contando que existe essa possibilidade!

Li sobre ela no blog Along Dusty Roads (em inglês), do casal de viajantes/fotógrafos britânicos Andrew e Emily, que foram inclusive ganhadores do Uk Blog Awards na categoria viagens em 2018.

Eles fizeram dessa maneira e com seu relato convenceram mais um monte de gente a fazer também.

Você vai de ônibus até o km 82 da ferrovia (em Ollantaytambo) e segue até Machu Picchu Pueblo a pé, margeando os 28 km de ferrovia. Coisa rápida, de umas 10 horas de caminhada, apenas.

De novo: eu não recomendo. Consigo pensar em um milhão de coisas que podem dar errado nesse plano. É claro que é mais barato, uma experiência muito doida, coisa e tal.  Mas, e a sua segurança, vale quanto?

tours guiados machu picchu
Trilha começa em Abra Malaga | Foto: Dominic Sherony, via Wikimedia Commons.

Outra opção para viajantes super bem preparados fisicamente é ir para Machu Picchu de bicicleta. Com duração de 4 dias e 3 noites, a rota começa em Abra de Malaga, uma cidadezinha a uns 150 km de Cusco.

A trilha passa ainda por Santa Maria, pelas termas de Allumire, entra na mata e chega até Santa Teresa. Depois, passa por uma parte do Caminho Inca, visita a hidroelétrica local.

Há uma parada nas piscinas termais de Aguas Calientes e sobe bem cedinho para Machu Picchu no último dia. Conheça as opções de agências que oferecem essa rota.

Dicas de transporte para a cidade sagrada
Dá para reservar a passagem de ônibus no site.

Machu Picchu Pueblo é um local, e as ruínas de Machu Picchu, outro. Perto, mas ainda assim outro!

Para chegar do Pueblo até as ruínas, há duas possibilidades: ônibus ou a pé. O percurso em ônibus é confortável e dura cerca de 30 minutos. Você pode comprar sua passagem no site da Consettur (www.consettur.com/reservas) ou no local onde sai o ônibus, na Avenida Hermanos Ayar, bem pertinho da estação de trem.

Há saída a cada 10 minutos, mais ou menos, a partir das 5h30. Ele vai te deixar na porta de entrada ao sítio arqueológico e te pegar também ali, para voltar.

Bem fácil, mas caro: 12 dólares por adulto cada trecho. Os últimos ônibus saem da portaria de Machu Picchu às 17h30.

A pé, o esforço físico é grande. O caminho é lindo, mas a caminhada é uma subidona que dura mais ou menos hora e meia. Quem quer economizar pode optar por subir de ônibus e descer a pé. Você vai estar cansadão, mas para descer todo santo ajuda!

Uma opções que pode ter promoção é a passagem de ida e volta de Águas Calientes para Machu Picchu.

O que saber antes de ir para Machu Picchu?

Tipos de ingresso para Machu Picchu
Disponibilidade de ingressos pode ser consultada no site do Ministério do Turismo.

Curtir o turismo em Machu Picchu sem entrar na Cidade Sagrada não dá, né? Então é preciso conhecer como funciona o esquema!

As ruínas podem ser visitadas todos os dias, de domingo a domingo. Porém, há uma limitação quanto ao número de pessoas que podem visitar a cidade: 5940 ao dia. Desse total, somente 400 pessoas poderão subir a montanha Wayna Picchu, 800 poderão subir a montanha Machu Picchu e os demais somente visitar o complexo.

E também há os horários controlados de entrada, por turnos a cada uma hora das 6 às 14 horas, para que todo mundo não se encontre no mesmo ponto da cidade e ao mesmo tempo. O horário mais concorrido costuma ser o primeiro turno, bem cedinho. Muita gente quer ver o sol nascer em Machu Picchu! Se essa é a sua ideia, reserve a entrada logo.

Para subir as montanhas Wayna Picchu ou Machu Picchu também é preciso reservar com antecedência. Quanto mais, melhor, aliás. São poucas entradas a elas disponíveis, então é melhor se prevenir.

Para quem não se preocupa muito com o horário e quer só visitar a Cidade Sagrada mesmo, uma boa notícia: não é preciso de tanta antecedência assim.

Mesmo nos meses de alta temporada – de maio a setembro – é possível conseguir entradas no site do Ministério da Cultura do Peru (www.machupicchu.gob.pe/disponibilidad) com uns poucos dias de antecedência. Só não vale pensar em comprar na hora. Nunca se sabe!

região turistica machu picchu
Há 4 tipos de ingresso para Machu Picchu.

Basicamente, são 4 tipos de ingresso para Machu Picchu:

  • Machu Picchu Llaqta, que custa 152 soles e dá acesso ao complexo da Cidade Sagrada;
  • Machu Picchu com Wayna Picchu, que custa 200 soles e dá acesso ao complexo e também à montanha Wayna Picchu;
  • Machu Picchu com Montanha Machu Picchu, que custa 200 soles e dá acesso ao complexo e também à montanha Machu Picchu;
  • Direto ao museu, que custa 22 soles e só dá direito a visitar o museu, mesmo.

Excetuando o ingresso para o museu, os demais têm horário de ingresso marcado. Você só poderá entrar na cidade, ou subir as montanhas, a partir do horário contratado.

E, desde abril de 2019, o Ministério do Peru implementou um sistema gradual de regulamentação do acesso a três dos espaços da Cidade Sagrada.

Trata-se de uma medida focada na conservação de uma das sete maravilhas do mundo moderno, que está em experiência até o final do mês de maio e que servirá como fonte de estudo para as novas regras que serão implementadas a partir de junho.

Locais e horários das restrições

Entre 15 e 21 de maio

  • Templo do Sol: das 7 às 10 horas
  • Templo do Condor: das 10 às 13 horas
  • Pirâmide do Itiwatana: das 13 as 16 horas

De 22 a 28 de maio

  • Templo do Sol: das 13 às 16 horas
  • Templo do Condor: das 10 às 13 horas
  • Pirâmide do Intiwatana: das 7 às 10 horas

Como as regras estão mudando, volto assim que saírem as novidades para informar como é que vai funcionar a partir de 1º de junho!

O que fazer em Machu Picchu Pueblo

Confira esse vídeo o site oficial de turismo do Peru sobre todo o encanto de Machu Picchu:

Pontos turísticos na cidade de Águas Calientes

Dicas de Machu Picchu Pueblo
Machu Picchu Pueblo | Foto: Arabsalam, via Wikimedia Commons.

Antes de saber o que tem pra fazer em Machu Picchu, onde estão as ruínas e templos, lembre-se que você estará na cidade de Águas Calientes, conhecida como Machu Picchu Pueblo.

Embora ela seja pequena, muito pequena, na verdade, com apenas algumas ruas vale a pena conhecer seus atrativos.

No geral, pouca gente opta por ficar mais de uma noite na cidadela e sim mais dias em Cusco, que é bem maior e agitada. Se esse é o seu caso, aproveite para conhecer os passeios para fazer em Cusco.

A grande atração da localidade é mesmo a visita à Cidade Sagrada. No entanto, há algumas coisas bem interessantes para se fazer em Machu Picchu Pueblo!

o que fazer em Aguas Calientes
Foto Diego Delso, via Wikimedia Commons

Localizadas a menos de 1 km da praça central de Machu Picchu Pueblo, as fontes termais de Águas Calientes são piscinas construídas para receber as águas que emanam das rochas em temperaturas que variam entre 38° e 46°C e tem funções medicinais.

De acordo com a composição química das águas, onde o enxofre é composto super presente (você sentirá o cheiro!), elas são recomendadas para o tratamento de artrite, estresse e também para doenças de pele.

A estrutura não está tão bem cuidada, no entanto, dá para relaxar e notar seus efeitos sobre o corpo. Não esqueça do protetor solar e do repelente.

artesanato machu picchu

Logo na saída da estação de trem de Machu Picchu Pueblo você já se depara com o mercado de artesãos locais.

Muitas das peças são as mesmas que você já viu (ou verá) em Pisac ou em Cusco, com um preço um pouco mais alto. Ainda assim, garimpando bem é possível encontrar coisas lindas e únicas e até com precinho legal.

O Mercado de Abastos é o mercadão municipal do Pueblo. Claro que eu o visitei: não perco um! Além dos abastos, palavra espanhola para ‘provisões’, como frutas e legumes, carne e outros, você também encontrará vários stands para comer comida raiz, dessas que o pessoal da cidade come, tomar sucos naturais e mates.

Há quem se choque com a aparência dos locais e prefira não comer por ali, mas eu sou meio discípula de Anthony Bourdain e não faço cerimônia para provar comida. Gostei demais!

vida noturna em machu picchu
Foto: Rodolfo pimentel, via Wikimedia Commons

Há uma variedade relativamente grande de bares e restaurantes na cidadela.

Há várias opções ao redor e nas ruas próximas da Plaza Manco Capac, onde está a fonte e a estátua de Pachacuteq, mas, acredite, não será muito difícil achar nada em Machu Picchu Pueblo.

Há opções para todos os bolsos e gostos: pizzas, hambúrgueres com fritas e, claro, os pratos peruanos. A grande oferta gira em torno do lomo salteado, ceviche, trutas e frango.

Entre os favoritos dos visitantes está o Mapacho Craft & Beer, localizado na Avenida Império de los Incas.

É um bistrô bar bem gostosinho, com opções de comidas e bebidas variadas, preços amigáveis e que fica aberto durante a semana até às 22 horas.

Na mesma avenida está o Wayquis BBQ, que fica aberto até mais tarde e também oferece comida variada focada em gringos, drinks clássicos e cerveja gelada.

onde se hospedar em machu picchu

O turismo em Machu Picchu Pueblo é isso aí que leu até aqui: fora a Cidade Sagrada, há pouco o que fazer. Por esse motivo, não é necessário ficar no Pueblo muito tempo.

Uma noite é mais que suficiente! Muita gente prefere dormir em Ollantaytambo, Urubamba ou voltar para Cusco.

De fato, é mais legal aproveitar seus demais dias para conhecer outros lugares turísticos do Peru.

Ainda assim, há boas opções de hospedagem na cidadezinha! Em Lima indiquei o Pirwa Hostel como opção de hospedagem na capital peruana. A rede também tem uma unidade em Machu Picchu, e continua sendo indicada!

É uma opção econômica e confortável, que oferece um café da manhã gostoso incluso na diária, wi-fi grátis e boa localização. Tem quartos em dormitório e também suítes privadas com diárias a partir de 80 reais.

Outra opção é o Casona del Inca. Simples, agradável, confortável e econômico, tem TV no quarto, wi-fi e café da manhã incluído na diária, que parte de 117 reais.

O Machu Picchu Adventure House é um três estrelas com quartos bem decorados e confortáveis, atendimento excelente, Tv no quarto e vistas bonitas da cidade. Diárias são a partir de 185 reais e o café da manhã está incluso.

Agora, para ostentação se hospede no Belmond Sanctuary Lodge ou no Sumaq Hotel.

O hotel fica ao lado do portão de entrada de Machu Picchu. É um cinco estrelas chiquérrimo, que oferece todo o conforto que combina com a categoria.

Uma diária por ali não sai por menos do que a bagatela de 5 mil reais, em sistema all inclusive.

Dicas para visitar Machu Picchu

brasileiros não precisa de visto para machu picchu

Você já sabe que o Peru é um dos países que não precisam de passaporte para entrar. Mas, se for com o seu, carimbe-o na entrada de Machu Picchu!

Há um pequeno stand de madeira com um carimbo e almofada bem próximo aos banheiros na entrada. Não todos os guias o levarão até lá, então pergunte. Ou vá direto e carimbe o seu.

Caso você esqueça na entrada, ou tenha uma fila enorme e não dê tempo na confusão, sem problemas!

Vá até a Plaza Manco Capac, olhe de frente para a placa de ‘bienvenidos a Machu Picchu”, tire uma bela foto e tome a rua a sua esquerda.

Há uma oficina de turismo ali, onde é possível conseguir o famoso carimbo.

Prepare uma mochila leve para levar. Você vai caminhar bastante e subir montanhas, então menos é mais!

Protetor solar, uma garrafinha de água (não descartável, de preferência!), uma blusa (se não for vestido com ela) e capa de chuva são itens que deve incluir. Também não pode esquecer da câmera de fotos!

Vale comentar que as capas de chuva mais simples vendidas na portaria de Machu Picchu têm custo de 10 soles cada (você pode negociar e conseguir um preço melhor), mas é melhor ter a sua antes de subir. Segundo o Ministério da Cultura do Peru, não é permitido levar o seguinte:

  • Comida
  • Qualquer substância ilegal
  • Bebidas alcoólicas
  • Tintas de qualquer classe
  • Instrumentos musicais e qualquer aparelho de som
  • Armas de toda espécie
  • Pôsteres e cartazes
  • Bastões com ponta de metal

Aventura => Mountain bike e rafting na selva Inca

regras para visitar machu picchu
Há regras para comportamento na Cidade Sagrada.

É claro que você está animado por visitar uma das 7 maravilhas do mundo e quer curtir a visita!

O que não vale é esquecer de que se está em um local de poder, onde ritos aos deuses da crença daquela civilização eram praticados.

Na antiguidade, entrar na Cidade Sagrada era privilégio de poucos. Hoje, você tem essa oportunidade.

Veja alguns comportamentos proibidos:

  • Gerar tumulto ou ocasionar desordem no acesso ou em qualquer parte da Cidade
  • Subir ou apoiar-se nos muros e estruturas
  • Fazer qualquer tipo de atividade que destoe do caráter sagrado de Machu Picchu
  • Atos obscenos
  • Correr, deitar, usar fantasias e camisetas com fins de marketing
  • Fumar
  • Jogar lixo ou qualquer detrito em toda a área
  • Comer
  • Gritar, assobiar, cantar, escutar música em volume alto
  • Levar pedras ou qualquer outra coisa para casa

Por outro lado, você pode tirar fotos à vontade (inclusive há os pontos onde os guias fazem questão de parar para isso!), meditar, conversar, apreciar as vistas e curtir sua visita com liberdade e respeito!

roupas machu picchu

O turismo em Machu Picchu e em toda a região de Cusco é marcado por longas caminhadas. Você vai andar muito por lá! Escolha roupas e sapatos confortáveis.

Calças ou bermudas que permitam uma boa liberdade de movimento e camisetas de algodão são super indicadas. Botas de trekking são boa ideia, mas, para mim, tênis é imbatível!

Além das roupas ideais, é preciso ter muito preparo físico. Vi gente de todas as idades por lá, desde bebês até pessoas na melhor idade.

Algumas com excelente preparo físico, outras (como eu) nem tanto. Todo mundo subiu, com maior ou menor dificuldade.

Subir as montanhas Machu Picchu y Wayna Picchu exige muito do seu corpo. Optei por não fazer esse tour, mas conversei com gente que foi e mesmo quem faz atividade física diária comentou que é extremamente cansativo. O corpo sofre!

excursões machu picchu
É proibido visitar as ruínas sem guia.

Ter um guia que dedica 100% de sua atenção a você é bem mais produtivo que ir em um grupo de até 16 pessoas, número máximo que um guia autorizado pode atender. É possível contratar esse serviço através de agências e também na mesma entrada de Machu Picchu.

Os guias são identificados (veja o crachá!) e cobram valores que podem ser negociados, a partir dos 50 soles.

Uma dica: na alta temporada, não deixe para arranjar um guia na hora. É bem mais difícil e você corre o risco de não conseguir visitar as ruínas porque é proibido entrar sem guia.

Claro que sai mais em conta ir em grupo: o valor por pessoa diminui.

No entanto, um tour só seu vai te garantir respostas a todas suas perguntas, um ritmo adequado a você e, quem sabe, até outras experiências que seriam impossíveis em um grupo de desconhecidos.

A guia que chamei de minha em Machu Picchu foi a Elisana Tumpay (@elitatumpay), uma pessoa maravilhosa, cheia de conhecimento para compartilhar.

Com ela, tivemos uma experiência ainda mais fantástica e pudemos, inclusive, parar em um cantinho tranquilo da Cidade Sagrada e fazer uma meditação guiada.

Tudo sobre Machu Picchu

Fazer turismo em Machu Picchu é uma daquelas experiências capazes de transformar uma pessoa. A Cidade Sagrada tem o poder de renovar e iluminar o visitante que chega a ela com a mente e o coração abertos.

Neste artigo, fiz um resumo geral da história da cidade e de tudo que considero importante para você organizar sua viagem para esse local fantástico. Vá para lá! Você não vai se arrepender.

E quando voltar da viagem para Machu Picchu, passe aqui para contar como foi sua experiência!

Até + !!!

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ESCRITO POR
ESCRITO POR
Rain Brinati

Rain Brinati, 36 anos, é professora de idiomas e está engatinhando na realização de um de seus sonhos: se tornar escritora. É uma pessoa muito curiosa, que quer aprender sobre todas as coisas e curte muito papear longamente sobre qualquer assunto. Se interessa por tudo, de livros, arte e música a futebol, games e cerveja. She's into everything. Morou na Europa por mais de 10 anos. É apaixonada por viagens e dizem por aí que já rodou bastante. Ela não concorda e segue embarcando em novas aventuras.

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