Lugares para viajar no Brasil baratos e diferentes
Entre os diversos cenários nacionais incríveis para ir em 2021, selecionei os meus lugares para viajar no Brasil baratos e diferentes. O critério primordial desta lista foi a escolha dos melhores destinos baratos e diferentes no Nordeste brasileiro, os quais conheço bem.
Se você busca lugares para viajar no Brasil que não seja praia: aqui tem! E caso esteja mesmo fim de lugar para relaxar: esse é o seu guia! Minha seleção traz locais bonitos, econômicos e cheios de brasilidade. O que você acha de mergulhar no sertão nordestino onde tudo já foi mar?!
Subir morros, flutuar em poços azuis, visitar cidadezinhas históricas, provar culinárias diferentes e morrer de amores pelos cenários mais paradisíacos? É o que eu te apresento agora!
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Neste artigo você vai ver:
Lugares para viajar no Brasil barato?
- Chapada Diamantina, Bahia
- Cânions de São Francisco, Alagoas/Sergipe
- Maragogi, Alagoas
Veja outros destinos do Brasil neste vídeo acima divulgado pelo site VisitBrasil.
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Lugares para viajar no Brasil que não seja praia
1. Chapada Diamantina, Bahia
Já que introduzi este post de lugares para viajar no Brasil, inicio com a minha sugestão: Chapada Diamantina, na Bahia. Fiz uma roadtrip em janeiro de 2020 e foi esse um dos últimos destinos que visitei antes de a quarentena iniciar.
Olhando as fotos (alguém mais se pega viajando nas fotos das trips?) não imagino lugar mais apropriado para dar o start nas viagens em 2021.
A Chapada reúne muitos atributos que acredito que ficarão mais valorizados por quem viveu o lockdown: ar livre, muito contato com a natureza e cidades pequenas com um agito meio-histórico, meio-cultural.
Não é um dos destinos mais baratos do Nordeste, mas certamente bem mais econômico que outros destinos sulistas do Brasil.
Recomendo de olhos fechados a Chapada e ela logo se tornou um dos meus destinos preferidos entre minhas últimas viagens!
E olhe que ele teve concorrentes fortes como o leste europeu, o norte da Argentina ou incrível NY. Descubra agora os motivos para visitar a Chapada Diamantina:
O que fazer na Chapada Diamantina
Poço Azul
Esse é o principal motivo pelo qual você tem que conhecer a Chapada Diamantina. O Poço Azul fica em uma propriedade particular a 95 km do Centro de Lençóis, cidade que escolhi como polo.
Na minha opinião é o lugar mais bonito da Chapada Diamantina. E, claro um dos melhores lugares para viajar no Brasil.
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Como chegar no Poço Azul
O acesso ao lugar não é dos mais fáceis (aliás, praticamente inexistem placas indicando os pontos turísticos, cheguei até a pensar que é uma estratégia – errada, diga-se de passagem – para deixar tudo mais roots).
Portanto, se você está sem carro, contrate um tour em grupo para o Poço Azul. De carro, usei o Google Maps (cujo sinal não cobre toda o percurso).
Outra opção é você baixar o GPS sem internet ou printar as telas do percurso, já que a estrada é toda de barro e não tem tantos desvios.
O acesso é um dos mais complicados porque a estrada de barro tem muitos pedregulhos. Sabe aquelas pedras bem pontiagudas e lisas? Logo, não viaje de forma alguma sem um estepe e adereços para trocar o pneu.
Somente a menos de 10kms do Poço Azul aparecem algumas placas pintadas à mão que indicam que o local está mais próximo. A chegada é bem simples, assim como todo o sítio que esconde essa preciosidade.
Como funciona o Poço Azul
Na portaria, você pagará pelo ingresso (pulseira). Em janeiro de 2020, custou 30 reais, já com a flutuação inclusa. O funcionário vai informar mais ou menos quanto tempo você terá que esperar para entrar no poço.
Isso porque formam-se grupos de até 12 pessoas a cada 30 minutos. Se você chegar e tiver uma longa fila, não desanime. Vale muito a pena esperar, mesmo que você perca uma tarde ou manhã inteira.
Eu fui pela manhã e foi bem tranquilo, mas era um dia de semana e só esperei 2 grupos. Enquanto isso, você pode aguardar em uma lanchonete ou no restaurante que funcionam no local. Tudo muito simples mesmo.
O principal item do cardápio da lanchonete é pastel frito e o restaurante parece servir comida caseira. Tudo passa muito rápido, pois o tempo de permanência de cada grupo é somente de 25 minutos, sendo 15 para a flutuação.
E enquanto uns visitantes estão indo, outros já estão saindo e outro grupo se preparando para aproveitar um dos lugares para viajar no Brasil.
A preparação inclui uma explicação do que acontecerá, as regras do passeio e um banho obrigatório nos chuveirões.
Vá com a roupa de banho já por baixo e leve uma bolsa para colocar suas roupas, chinelos e equipamento para fotos (usei o celular mesmo).
Tem lugar para guardar os pertences tanto perto dos chuveiros, como dentro do próprio poço. Mas o que você puder deixar no carro ou na van, já deixe.
Os indispensáveis leve consigo para dentro da poço (fui de tênis pensando que tinha alguma trilha. Até tem, mas uma bem pequena, não precisa sapato, mas use chinelo de borracha para evitar escorregar, pois tem muitas pedras).
Depois do banho de chuveiro, você recebe seu colete para flutuar e o snorkel. Minha dica é: se você curte passeios com água, compre logo o seu snorkel, senti muito receio de reutilizar o que me cederam.
Não há nada descartável para você colocar a boca e, sinceramente, nem foquei nisso para não desistir da experiência. O colete que usei também estava péssimo: sujo e com um cheiro ruim que só percebi quando estava a caminho do poço.
Cada grupo desce com um guia. Acredito que se anda uns 300 metros já descendo a trilha. Já no começo começam os degraus.
Conheça as principais vantagens:
- Melhor preço garantido, cobertura de qualquer oferta de aluguel de carro;
- Pagamento com parcelamento em até 12x no cartão de crédito, via PIX ou boleto;
- É mais barato do que alugar direto nas locadoras;
- Cancelamento da contratação sem taxas até 2 horas antes da retirada do veículo;
- Pague em reais e economize o IOF de 5,38% para reservas internacionais;
- Atendimento ao cliente 24hs em português, 7 dias por semana;
- Compare preços de mais de 200 locadoras pelo mundo em um só lugar, tenha o melhor atendimento e desfrute de promoções exclusivas!
Eles são totalmente irregulares e alguns altos. Se você tiver problemas de locomoção, não recomendo, exceto se tiver alguém para te dar um bom suporte.
Mas não existe muita dificuldade. Vi crianças e idosos. A trilha é fácil, só que tem que subir e descer degraus bem irregulares. No finalzinho, a escada é de madeira.
Como é o Poço Azul
O mais legal desse poço é que você não tem visão alguma dele até boa parte das escadas, somente quando você dobra lá embaixo é que você se depara com a vista impactante (veja a foto acima que mostra que não dá para ver nada e já estávamos bem pertinho).
Quando estava na fila nas escadas (é estreita) só ouvia os ares de espanto de quem chegava mais próximo, quando chegou a minha vez não pude evitar um: uau, que lindo! Não sabia se tirava o celular para fotografar, se olhava mais um pouco ou me segurava no corrimão.
Ao chegar na base do Poço Azul tem uma espécie de mesa de madeira, onde você deixa as coisas e quem quiser já pode descer a última outra leva de escadas curtinha que acaba dentro da água.
Minha dica é: tire logo alguma foto sua antes do mergulho, pois o tempo é brevíssimo (só pode ficar dentro da água 15 minutos). Depois, entre e aproveite um dos lugares para viajar no Brasil.
Se você nunca usou snorkel, treine antes porque não é dada nenhuma instrução de como respirar, mas não perca a sua melhor chance de olhar para dentro da água e vê o abismo de pedras até o fundo o poço.
São entre 5 e 23 metros de profundidade e você pode se movimentar bem por toda a área do poço. Eu fiquei na parte mais iluminada, mas tem as laterais mais escuras uns 8 metros à frente que você pode explorar.
Não achei a água gelada, mas tive um baita susto ao olhar para baixo com o snorkel. Você olhando por fora não tem noção alguma da sensação de ver tanta beleza.
Quando olho as fotos sinto toda a admiração que me invadiu naquela experiência.
Meu conselho: deixe para visitar Poço Azul no seu último dia de viagem, pois depois dele, você não se impressionará tanto com os outros. Sem dúvida, é o lugar mais bonito da Chapada Diamantina.
Só posso afirmar que: você tem que colocar o Poço Azul na sua lista de lugares para viajar no Brasil.
Gruta da Pratinha
Esse foi o segundo atrativo da Chapada que mais gostei. A Gruta da Pratinha fica dentro da Fazenda da Pratinha a 48km de Lençóis.
A infraestrutura dela é de longe a melhor, pois funciona mesmo como um complexo para ecoturismo, um parque.
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Como chegar na Fazenda da Pratinha
Esse foi o primeiro lugar que visitei e já fiquei bem apaixonada pela Chapada. O acesso é bem mais tranquilo, mas deserto.
Inclusive pensei que iria estar vazio, mas o estacionamento estava lotado! Também, é um dos mais bacanas lugares para viajar no Brasil. A estrada é de barro, mas bem cuidada. De carro pegue a BA-144/BA-850, depois a BR-242 e, em seguida, a BA-480 até estrada de barro por uns 6km que leva à Fazenda da Pratinha.
O sinal de GPS também pode cair em alguns trechos, mas tem uma sinalização um pouco melhor.
Como funciona a Fazenda da Pratinha
Na verdade, a Gruta da Pratinha é apenas um dos atrativos oferecidos da Fazenda da Pratinha, que tem tirolesa, rio, área para fotos submersas etc… e também a Gruta Azul, a qual você só pode admirar, sem entrar.
O ingresso para a Fazenda da Pratinha é vendido na portaria e dá direito a entrada e banho na lagoa da tirolesa (ótima para crianças). As demais atividades são pagas à parte.
Logo ao entrar, você é encaminhado para um quiosque onde recebe instruções do lugar. Tudo muito bonitinho e sinalizado.
Uma explicação geral do que pode ser feito é dada. Esse ingresso vale para o dia todo e é um ótimo lugar para viagens em família no Brasil.
A Fazenda da Pratinha é também o ingresso mais caro da Chapada. Paguei 40 reais no ingresso para te acesso às áreas compartilhadas que são: a lagoa, tirolesa e a visita à Gruta Azul (que não permite mergulho. É só para ver mesmo).
Como você na foto abaixo, a Gruta Azul é muito bonita, com águas bem coloridas. Para dar esse efeito do reflexo da água, é ideal que seja entre abril e setembro, entre às 14 e 15 horas.
Já as atrações pagas à parte são: flutuar na Gruta da Pratinha, pedalinho ou fotos subaquáticas. Eu paguei mais 30 reais para flutuação na Gruta da Pratinha e posso afirmar com toda certeza: não vá à Pratinha sem ter essa experiência.
A atração mais interessante dessa opção entre os lugares para viajar no Brasil é a flutuação na gruta, sem dúvidas.
Como é a Gruta da Pratinha
A Gruta da Pratinha já é linda por fora, mas quem entra dentro dela vai a outro nível. No ingresso comum, você pode admirá-la de cima das pedras, sem entrar, e é um dos pontos mais concorridos para fotos.
Para contratar a flutuação, você vai em um quiosque que fica próximo ao espaço de boas-vindas e compra um cartão que você entregará ao funcionário que faz o controle às margens da gruta.
O que eu fiz: conheci toda a fazenda primeiro (lagoa, tirolesa, Gruta Azul), tirei fotos e só por último decidi pela flutuação. É que depois dela, os outros espaços ficarão “sem graça”.
Por isso, logo ao chegar visite a Gruta Azul (que não pode mergulhar, só olhar), vá até a área da lagoa e tirolesa e só depois compre o seu acesso à flutuação na Gruta da Pratinha.
Na hora da flutuação, você não tem onde guardar suas coisas. Por isso, leve o menos possível. É uma área que tem muita circulação de pessoas (diferente o Poço Azul, cujo acesso é por grupos).
Sendo assim, todo mundo fica às margens da gruta para tirar fotos e observar por trás das cordas de segurança a beleza de um dos lugares para viajar no Brasil.
Para flutuação, você entrega seu cartão e seu nome vai para uma lista. Fique por perto, pois vão chamar pelo nome na hora de entrar. Só esperei um grupo.
Em seguida, você entra na água rasa e se reúne em uma pedra mais ao centro com o grupo, já acompanhado de um instrutor.
Você recebe as nadadeiras de acordo com seu número, o snorkel e o colete. Tudo muito organizado e preservado (embora lamentei usar snorkel “público”). O instrutor é realmente um mergulhador profissional e passa muita segurança.
Como é a flutuação na Pratinha
Esse é um tópico à parte. Ao menos para mim. Quando coloquei as nadadeiras e comecei a receber as instruções da flutuação na Gruta da Pratinha, cujo umas delas é você sentar na beira da pedra e colocar o rosto com olhos abertos dentro d’água, travei.
Simplesmente me deu um medo de não conseguir respirar com o snorkel, de afundar mesmo de colete (isso não é possível, tá?) e de chegar em algum lugar muito apertado e ficar sem ar.
Nesse momento disse em alto e bom som para todo grupo: quero desistir, não vou conseguir. Mas graças à paciência do instrutor e do incentivo dele iniciei a flutuação.
A flutuação começa em uma área entre 7 e 15 metros de profundidade. No início, me deu muito medo de ver o chão tão longe, depois você precisa se habituar a usar a nadadeira para sair do local, uma vez que o tour dentro da caverna avança 30 metros a dentro.
Depois dos 8 metros à frente, o local fica escuro e você precisa usar uma lanterna para ver dentro da água, cujas áreas mais fundas chegam a 23 metros de profundidade. Sinceramente, só consegui relaxar na metade da exploração da gruta.
Ao longo do percurso, o instrutor vai mostrando animais como tartarugas e peixes maiores que vivem na escuridão dessas águas. Bem no meio dela, é proposto para apagar todas as lanternas e todos fazerem silêncio para entender como é a gruta sem a visitação.
É fantástico esse momento. Um silêncio absoluto quebrado apenas pelos pingos de água que escorrem das estalactites das rochas da gruta. Nesse ponto, o teto fica a poucos metros das nossas cabeças.
Esse é a ápice da visitação a essa opção entre os lugares para viajar no Brasil. A partir dele, começa o retorno de 30 metros para fora da gruta.
Na volta consegui aproveitar melhor, respirando certinho e curtindo a experiência. O grand finale também é emocionante: ao avistar a claridade da saída da gruta dá para ver centenas de peixinhos coloridos que vêm ao seu encontro na parte final da flutuação. Parece um sonho! Lindo, lindo!
Há aqueles que dizem que a Fazenda da Pratinha é passeio para 1 dia inteiro. Para família ou grupos de amigos acho que sim. Para mim, meio dia foi suficiente e, sem dúvidas, o ponto alto é essa flutuação na Gruta da Pratinha.
Morro do Pai Inácio
Me sinto meio uma “fraude” para falar do Morro do Pai Inácio. Não porque não estive no local, mas porque o famoso pôr do sol se escondeu por trás de pesadas nuvens. Nos dias de janeiro que estive na Chapada choveu um pouco.
Entretanto, isso não necessariamente foi um problema para mim, o tempo mais fechado ajudou a manter o clima ameno.
Na verdade, entre os meses de novembro a março chove bastante e é mais quente, o que pode atrapalhar as trilhas mais longas. Em compensação, as cachoeiras estão bem exuberantes.
Já de maio a setembro é um período mais seco e um pouco mais frio. Portanto, a melhor época para visitar a Chapada depende muito do seu propósito.
Mas, saiba que esse é um dos lugares para viajar no Brasil que é sempre muito bonito e vale a pena.
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Como chegar ao Morro do Pai Inácio
É impossível não avistar o Morro do Pai Inácio em algum momento da sua viagem entre as idas e vindas dos passeios. Quem vem de Salvador não tem acesso à chegada mais bonita da Chapada, somente quem vem do interior.
Localizado às margens da BR-242 (tem que pegar um pequeno desvio de areia). Ele fica a 30km do centro de Lençóis e você precisará de um carro ou tour contratado para chegar à base.
Como funciona o Morro do Pai Inácio
O Morro do Pai Inácio também não é gratuito. Você terá um amplo estacionamento de graça antes da portaria. O local, que aceita visitantes somente até às 16h (sem exceção), custa 12 reais por pessoa.
Atenção: não aceita nenhum tipo de cartão (nem débito!). No Morro do Pai Inácio não tem guia e você vai subindo por intuição. Tinha bastante gente subindo à tarde justamente com o propósito de ver o pôr do sol.
A subida é fácil, mas vá de tênis (inclusive esqueci o meu e tive que comprar um no comércio de Lençóis… ao menos contribuí ainda mais para economia local de um dos lugares para viajar no Brasil que estou recomendando).
Para pessoas com dificuldades de locomoção não recomendo a subida ao Morro do Pai Inácio, nem em condições especiais, como gestantes ou crianças pequenas. Os “degraus” de pedra são bem irregulares e por diversas vezes, bem altos.
No começo, o caminho é mais pelas bordas da montanha, o que dá uma ideia de precipício, mas quanto mais você ascende, mais a trilha vai ficando no meio e mais segura. No finalzinho tem umas escadas de madeira e até corrimão.
As pedras também estavam molhadas e escorregadias, por isso saia cedo para subir no seu tempo. Cheguei às 15h e achei um intervalo bom.
A subida me tomou 30 minutos e não me cansou, mesmo não sendo acostumada com trilhas. É de leve à moderada, sem grandes dificuldades para aproveitar um dos lugares para viajar no Brasil.
Como é o Morro do Pai Inácio
Esculpido por mais de 1 bilhão de anos, o Morro do Pai Inácio é formado por rochas como quartzo e arenito. Seu destaque é para os platôs e morros tabulares. Na sua superfície, você pode encontrar orquídeas, begônias, cactos e bromélias.
Já ao longo da trilha de mil metros acima, você vai descobrindo a vegetação e a vista para o Morro do Camelo, o Vale do Capão e o Morrão.
A escada é natural (por meio das pedras) e só nos últimos metros antes de chegar no topo, tem umas escadas de madeira com corrimão.
No centro do platô há uma cruz e, com sorte, você encontrará com o guia e ambientalista Joás Brandão que narra com muita emoção a história do nome do morro, que possui elementos de paixão, intrigas e assassinatos. Uma trilogia de sucesso garantido.
Mas as grandes estrelas desse enredo são mesmo a vista de 360 graus e o pôr do sol. Como estava nublado, não vi esse último, mas não deixo de recomendar como um dos lugares para viajar no Brasil.
Uma vez no local, muita gente faz fotos ousadas na ponta da pedra (que tem outra pedra abaixo), mas nem cheguei perto porque morro de medo de altura.
Tirei um tempo para apreciar tudo, ver o formato das pedras, a vegetação e as flores que conseguem transpor a dureza das rochas.
Desci meio frustrada pela ausência do famoso pôr do sol e antes que começasse a chover. Em cima faz frio pelo vento forte e constante. Conte com um casaco e cuidado para não perder o horário da visita.
Quando desci na portaria estavam 2 turistas desavisados que pediam insistentemente para subir ao morro, mas como já passava das 16h, não houve chance. Por isso, programe-se bem.
Não indico esse passeio para crianças com menos de 6 anos, pelo vento e pelas escadas. Embora vi até bebês de colo no alto do morro.
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Centro de Lençóis
Esse é outro grande motivo da lista de lugares para viajar no Brasil para você ir à Chapada Diamantina. Não conheci outros lugares de hospedagem do circuito, como o Vale do Capão, Mucugê e Igatu.
Mas, se um dia voltar, certamente ficaria em Lençóis novamente. Lençóis tem um pouco mais de 11 mil habitantes e é o destino mais buscado para excursões para Chapada baiana.
Pelo que vi e pesquisei sobre as outras, ela é a que oferece maior estrutura. Principalmente, se você tem poucos dias (só tive 3 dias).
Em relações aos hotéis em Lençóis, há poucas opções que oferecem alguns luxos. Em geral, há muitas pousadas simples e alguns outros espaços mais aconchegantes.
Resumindo: se você quiser pagar caro, vai ficar muito bem nos estabelecimentos 4 estrelas. Mas, em geral, você encontrará acomodações mais caseiras, principalmente se deixar para última hora a reserva!
O mesmo não posso falar da gastronomia da cidade que possui lugares até premiados a preços convidativos. Pizzaria, cafeteria, sorveteria, cantinas italianas, comida japonesa. Tem muitas opções!
A arquitetura colonial de Lençóis é o seu maior trunfo. A cidade é uma delícia! São cerca de 570 imóveis tombados pelo Iphan desde de 1973, que conservam a história do minério na região.
Tire meio dia só para passar à luz do dia no centro de Lençóis. Tudo é muito fotogênico. Desde a Praça do Coreto cercada de construções do século 19 até suas ladeiras de pedras e fachadas coloridas.
Mas é à noite que a cidade ferve e ganha outros ares além do colonial. As ruas estreitas do centrinho, suas casas que abrigam bares e restaurantes fecham as vias com dezenas de mesas e cadeiras cravadas nas ladeiras.
Garçons, músicos e artistas completam a agito e Lençóis vira um point noturno.
Cada fachada daquelas que passa o dia fechada, à noite se transforma em um bar temático, um restaurante charmoso e até em uma boate com DJ e um salão de forró. Tudo isso com uma vibe histórica e interiorana. Eu amei!
- Pagamento em até 3x sem juros;
- Suporte personalizado e chat em horários comerciais;
- Atendimento 100% online;
- Curadoria de hospedagens feita por especialistas.
Onde ficar na Chapada Diamantina
Eu amei ter ficado em Lençóis e recomendo nos lugares para viajar no Brasil. Achei tudo bem prático, seja para quem está de carro ou para quem fará os passeios em excursões (embora alguns pontos turísticos fiquem a quase ou mais de 100km da cidade).
Não vou indicar o hotel onde fiquei porque achei meio afastado da cidade. Mas seguem as minhas recomendações.
Ah! E vou te dar uma dica por experiência própria: reserve o quanto antes sua hospedagem, pois as melhores opções acabam rápido (foi isso que aconteceu comigo!). A cidade é lotada, principalmente aos finais de semana:
- Hotel de Lençóis: Esse Hotel Lençóis tem piscina e jardim a apenas 500m do centro. A propriedade dispõe de massagens, wifi gratuito, restaurante com adega e buffet de café da manhã.
- Vila Serrano: O Vila Serrano fica a apenas 200m do centro da cidade. Tem: spa, centro de bem-estar, café da manhã, wifi, estacionamento gratuito e agência de turismo.
- Portal Lençóis: O Portal Lençóis é um hotel grande que também fica no centro. Ele tem piscina, wifi e estacionamento gratuitos. Além disso, o hóspede conta com café da manhã, recepção 24 horas, academia, sauna e bar no local.
- Canto das Águas Hotel: Esse hotel fica no coração de Lençóis. Quando você estiver passeando pela cidade, certamente ouvirá o barulho das águas que dá nome à propriedade Canto das Águas Hotel. Há jardins, sauna e piscina. O wifi só está disponível nas áreas comuns, porém você aproveita um bar e um restaurante no local.
- Terra dos Diamantes Hotel: O Terra dos Diamantes Hotel fica mais próximo à região onde me hospedei e se você estiver a pé terá que subir uma ladeira de terra relativamente considerável para o centro, mas a propriedade é bem avaliada. Oferece wifi gratuito, piscina, área de jogos e foi recentemente reformada.
Onde comer em Lençóis
A gastronomia é bem diversa em Lençóis. Vou recomendar alguns lugares que experimentei, mas tenho certeza que deixo muitos de fora, pois as ruas estão cheias de boas opções.
Aproveitei mais os estabelecimentos para jantar, pois como os passeios são longos durante o dia, comia até lanche na hora do almoço para não perder o próximo atrativo.
Se você quer comer uma pizza gostosa, a Natora Pizzaria pode ser a sua escolha. Ao preço médio de 50 reais a pizza grande, o lugar fica bem ao largo da Praça Horácio de Matto. Sua pizza é indicada por guias importantes no Brasil e no exterior.
Se você quer um lugar baratinho e animado é o Toca Bar. Eu gostei dos drinks criativos (a partir de 10 reais) e do cardápio bem econômico (entradinhas a partir de 10 reais e pratos, a partir de 24 reais).
Ademais, existe um forró muito exótico que funciona dentro do casarão, que parece que foi tirado de uma das histórias de Ariano Suassuna!
Minha última dica é a Cafeteria São Benedito. Provei uma tortilha de doce de leite que era um primor! Servida, inclusive, com café produzido na própria Chapada Diamantina.
Mas tem muitas outras coisas: tomei açaí, sorvete e tem lugares com comidas típicas, carnes, pratos italianos, orientais. Se quiser, tem também mercado para comprar lanches rápidos e água para os passeios.
As filas desses mercados são enormes e os preços não tão baratos. Tem um que vende muitos vinhos na Rua das Pedras e outro na Praça Horácio de Matto.
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Roteiro na Chapada: 3 dias
Meu roteiro foi muito curto para aproveitar o básico da Chapada Diamantina que oferece 33 cachoeiras, 2 cavernas, 16 sítios históricos e muito mais ao longo dos seus 300km de trilhas encravadas entre a mata atlântica e o cerrado.
Se você tiver como fique 7 dias para explorar ao máximo o Parque Nacional da Chapada Diamantina. Caso tenha 3 dias (como eu) faça o seguinte roteiro, se estiver de carro:
- 1 dia: Fazenda da Pratinha (com flutuação na Gruta da Pratinha);
- 2 dia: Centrinho de Lençóis + Morro do Pai Inácio (manhã e tarde);
- 3 dia: Poço Azul + Poço Encantado (esse último fica 25km a partir do Poço Azul);
Caso você esteja de excursão pela Chapada Diamantina, acredito que fará mais coisas em apenas 3 dias, pois os guias locais são ótimos para agregar mais experiência ao trajetos e otimizar o seu tempo.
Durante seu roteiro na Chapada, conheça todas as noites um restaurante diferente no Centro de Lençóis. Saia a pé mesmo, porque muitas ruas ficam interditadas pelas mesas (exceto se você estiver hospedado longe do centro).
Como afirmei anteriormente, caso você contrate tours guiados para chegar aos pontos turísticos da Chapada Diamantina acredito, sinceramente, que você conseguirá conhecer mais lugares em um mesmo dia.
Já que as agências sabem chegar e circular pela região muito melhor do que um turista dirigindo, sem placas e por lugares cujo sinal de GPS não é dos melhores.
Outra vantagem de fechar passeios com agências locais é que aquela “chateação” de ficar pouco tempo nos locais não existe, já que os lugares mais bonitos realmente têm o tempo de visitas cronometrados.
Por exemplo: no Poço Azul você só passará 15 minutos dentro dele estando de carro próprio ou em um grupo de excursão. A flutuação na Pratinha também dura 30 minutos e nada mais.
Para pouco tempo considere os tours fechados na Chapada Diamantina. Se você tem mais tempo e disposição para desbravar as estradas sem sinalização, alugue ou vá de carro.
Mas uma coisa não muda: conheça a Chapada Diamantina em 2021.
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Lugares diferentes para viajar no Brasil
2. Cânions de São Francisco ou Xingó, Alagoas
Ainda nessa linha de não só de mar vive o Nordeste, trago na lista de lugares para viajar no Brasil outro destino especial no interior do estado de Alagoas.
Na verdade, os Cânions de São Francisco ou Cânions do Xingó, como também são chamados, fazem divisa também com o estado de Sergipe.
Fica em uma área da caatinga nordestina, de solo arenoso e raso, com mata sobre rochas que fica perto das calhas do rio São Francisco. É calor praticamente o ano inteiro. Fui em maio e estava na casa dos 32 graus.
Eu escolhi a cidade de Piranhas como polo, em Alagoas, para aproveitar um final de semana na região. Sim. Os Cânions de São Francisco são facilmente explorados em 2 ou 3 dias. É uma boa opção para quem não tem tanto tempo para uma viagem mais longa.
Porém, os Cânions também podem facilmente encaixados em um roteiro pelas praias de SE ou AL já que, apesar de estar na região do sertão, eles estão a 280km de Maceió e a 210kms de Aracaju. Inclusive, muitos turistas fazem passeio de bate-volta a partir dessas capitais.
Essa escolha é bem relativa… se você veio de longe e não pretende voltar apenas para essa região do NE para ver os cânions, vale a pena encarar 3 horas de estrada a partir de Aracaju. Em um dia você viverá a experiência básica, porém central dos cânions.
Todavia, se você estiver vindo de Maceió que é uma hora a mais de estrada. Ou seja, 8 horas ida e volta, acho que não vale a pena ir e voltar no mesmo dia.
Se puder hospedar-se e passar ao menos 2 noites em Piranhas vai achar bem mais interessante. Afinal, estou falando de uma cidade histórica, coração do cangaço nordestino, que preserva muitas causas e contos de Lampião e seu bando.
Vale a pena considerar para aproveitar ainda mais essa opção entre os lugares para viajar no Brasil!
Como chegar nos Cânions de São Francisco
Os aeroportos mais próximos são o Aeroporto Internacional de Aracaju – Santa Maria e o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió. Ambos ficam distantes 215 km e 274 km de Piranhas, cidade que usei como base para os passeios.
Você pode alugar um carro para dirigir até a cidade ou contratar um transfer a partir das capitais.
A estrada não tem pedágio e os trechos que peguei são bem desertos, com cidades distantes e pouca movimentação pelas vias. Use o GPS e prepare-se para as paisagens áridas do sertão nordestino.
De carro alugado, você poderá se deslocar para os passeios (que são mais afastados do centro de Piranhas) e circular pela cidadezinha, embora o centro histórico seja percorrido a pé.
Mas não deixe que a falta de carro limite sua ida, caso não seja possível o automóvel, contrate os traslados e aproveite a comodidade.
Vindo de Maceió pela BR-101:
- Siga pelo distrito de Areia Branca para Itabaiana na BR-235;
- Pegue a rodovia SE-106 até Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora da Glória;
- Por fim, a SE-206 até chegar em Piranhas.
Lembre-se de considerar que as estradas estaduais são comumente mais abandonadas que as BRs. Deixe o tanque abastecido, pois os postos são escassos.
Vindo de Aracaju:
- Pegue a BR-235 para Itabaiana;
- Daqui siga pela SE 175 para Nossa Senhora da Glória passando em Ribeirópolis;
- Siga pela SE 230 até Canindé de São Francisco;
- Para Piranhas são 15km a partir de Canindé de São Francisco.
O que fazer nos Cânions de São Francisco
Navegação nos Cânions até o Paraíso do Talhado
Esse é o principal passeio. Do centro de Piranhas são 9km de estrada asfaltada até chegar ao ponto de saída dos catamarãs. Você passa ao lado dos paredões da Usina Hidrelétrica de Xingó, que deu origem à inundação da área, que é artificial.
A maior parte dos barcos parte do restaurante Karrancas, que é praticamente um complexo de entretenimento às margens do Rio São Francisco, com restaurante self-service e a la carte.
Há também uma área de bar molhado e várias opções para locação de caiaque e jet-ski. Você embarca no píer do estabelecimento.
Logo na entrada tem as bilheterias. Eu não comprei o passeio antecipado, mas não tive problemas em adquiri-lo na hora por 90 reais. Todavia, não era alta temporada.
Entre os meses de dezembro até o carnaval é altamente recomendado que você adquira seu passeio para os Cânions de São Francisco com antecedência.
Tentei pegar a primeira embarcação do dia, mas saí na segunda. Quanto mais tarde, mais gente. Recomendo que você faça esse passeio pela manhã.
Tanto na ida como na volta, o catamarã toca músicas regionais e você pode comprar algumas bebidas e petiscos vendidos a bordo. Há também um fotógrafo caso queira registrar profissionalmente o passeio.
A capacidade por catamarã é 100 pessoas e ao longo do trajeto, o guia dá explicações sobre o lugar.
Há algumas formações geológicas curiosas, como pedras que parecem um macaco, papagaio e também o barco passa ao lado de uma gruta com uma imagem religiosa. A paisagem é realmente bonita: paredões alaranjados e água verde esmeralda.
A navegação dura 1 hora até chegar ao Paraíso do Talhado, o ápice do passeio, quando você pode pagar mais 10 reais para navegar em um barquinho menor por uma área mais estreita dos cânions (chamado de Paraíso do Talhado ou Cânions do Talhado).
Caso você não queira pegar esse segundo barquinho, pode aproveitar para mergulhar durante essa parada na área que é demarcada por redes, cuja profundidade é de até 10 metros.
Tem umas piscininhas mais rasas para crianças e macarrões para quem quer ir até a área mais profunda.
Esse barquinho vai e volta várias vezes ao Paraíso do Talhado até todo mundo que estava no barco maior visitar a área (é opcional).
Ao todo, essa parada dura apenas 40 minutos. Logo, minha dica é: assim que o catamarã parar nesse píer saia logo no primeiro barquinho (que leva entre 4 e 6 pessoas com coletes inflados) para navegar mais próximo aos paredões.
Essa experiência é incrível: a água verde esmeralda reflete nos paredões que brilham como se fossem um espelho. É lindo! Observe as marcas das formações e você pode até tocar nas paredes.
Tem também a imagem de São Francisco no trajeto, super fofo com pássaros e animaizinhos.
Tudo é bem rápido (20 minutos). Na volta, você aproveita para mergulhar enquanto o restante dos visitantes vai até o Paraíso do Talhado.
Ao todo, o passeio dura menos que 3h com a volta (o percurso de navegação é de apenas 18km, mas o barco segue devagar).
Ao desembarcar, almocei no restaurante Karracas, mas não recomendo. A comida do buffet estava fria e o atendimento não poderia ter sido pior.
Fui convidada a me retirar de 2 mesas diferentes, pois segundo os garçons, as mesas para o self-service são demarcadas. Embora, não haja sinalização alguma.
Em resumo: as mesas com as melhores vistas para o rio são “proibidas” para quem está no self-service! Frustrante, pois o restaurante estava praticamente vazio e não faria diferença ocupar esse ou outro lugar. Enfim…
Os preços de maio de 2018 foram:
- Passeio de Catamarã: 90 reais (mais ou menos 3 horas de duração)
- Entrar na gruta: 10 reais (20 minutos)
- Almoço: 39,90 reais por pessoa
Obs: esses são os preços para passeios por conta própria, como eu fiz. Mas existem excursões guiadas, cujo almoço já está incluindo, bem como outras experiências, como o passeio de lancha 440 reais para 4 pessoas).
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Como são os Cânions de São Francisco
Os Cânions de São Francisco surgiram da divisão das placas tectônicas que formou uma espécie de rachadura profunda no solo. Antes disso, há 65 milhões de anos, tudo era mar.
O curioso é que a água que forma a área navegável é artificial. Ela existe graças à represa da usina hidrelétrica de Xingó, feita em 1994.
O Rio São Francisco já passava pelo local óbvio, mas ganhou nada mais, nada menos que 100 metros de profundidade na área represada.
São 65km de rio navegável com larguras que chegam até 300 metros, que fazem dele o 5º maior cânion navegável do mundo. É lindo de se ver.
A regionalidade do passeio é algo marcante e conta até com trilha sonora personalizada do “Velho Chico”. Compre uma bebida (entre 6 e 15 reais) e/ou petisco (entre 7 e 10 reais) e aproveite a paisagem! É um lugar formidável para viajar no Brasil.
Rota do Cangaço
Esse é o segundo passeio que recomendo fazer em Piranhas. Você estará na área histórica de Lampião e deve aproveitar isso!
Você pega o barco no porto de Piranhas e o passeio pode ser via Cangaço Eco Parque, um espaço temático que também funciona como restaurante; ou pelo Espaço Ecológico Angicos.
Depois de uma navegação pelo Rio São Francisco e chegar em um dos 2 lugares (Eco Parque ou Angicos) inicia-se uma trilha que pode ser 1,5km a partir da primeira opção ou 700m da segunda.
O fim é o mesmo: chegar no lugar onde Lampião e seu bando sofreram a emboscada que lhe tiraram as vidas, chamado de Grota de Angicos.
Prepare-se para caminhar pelo cerrado e, dependendo das temperaturas, passar calor (leve água, proteção para a cabeça e pele). É um passeio de meio dia que você não deve unir com o da navegação até o Paraíso do Telhado, pois pode haver choque de horários.
Vale dos Mestres
Apesar de a navegação até o Paraíso do Talhado ser a mais famosa, existem outros passeios de barco que podem ser feitos na região. Um deles é conhecer o Vale dos Mestres.
Por cerca de 75 reais, você sai de um restaurante chamado Castanho, navega por cerca de 30 minutos e permanece 1h nas piscinas naturais. Essa é uma área de paredões mais baixos, bem propícia para o banho de rio.
As agências locais oferecem também chegar até o Vale por meio de uma trilha. Vale consultar condições.
Voo panorâmico pelos Cânions do Xingó
É possível também ver a região de cima. Os voos panorâmicos duram entre 5 e 20 minutos e variam entre 150 e 500 reais por pessoa.
O mais barato fica apenas na área da Usina do Xingó. Os demais podem sobrevoar a cidade de Piranhas e os Cânions.
Centro de Piranhas
A cidade de Piranhas é uma graça! Certamente, o melhor lugar para hospedagem. É aqui que você também encontrará passeios mais simples, mas muito proveitosos. Ao todo, são 82 imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional.
Por isso, reserve meio dia para conhecê-la melhor. Um lugar que conheci e recomendo é o Museu do Sertão (principalmente se você não fez a Rota do Cangaço, pode compensar com essa visita).
Ele abriga um acervo que conta a história da cidade e também traz objetos históricos como peças de barro, madeira, alumínio e couro dos antigos moradores, bem como peças que lembram a época em que a cidade tinha ferrovia.
Além, é claro, de expor itens super curiosos como fotos, armas e bilhetes escritos à mão pelo próprio lampião, com ameaças aos fazendeiros da época.
A entrada custou apenas 2 reais por pessoa e o espaço é bem pequeno, mas achei que vale muito a pena. Confira só o trechinho de um dos bilhetes escritos por Virgulino ameaçando invadir a propriedade, caso o dono não mandasse dinheiro para ele:
“Eu envito di entrada ahi, porem não vindo esta importança eu entrarei, até ahi penço qui adeus querer, eu entro; e vai aver muito estrago*”
*sic para todas as palavras da forma como ele escrevia
Ainda no centro da cidade, entre no Centro de Artesanato, Artes e Cultura do Xingó que funciona em um prédio da oficina da antiga estação da cidade. É o lugar ideal para comprar lembrancinhas e souvenires.
Passeie pelas ruas e descubra cenários lindos para fotografar. Ah, por falar nisso, não esqueça de passar na calçada da Prefeitura da Cidade, onde foi feita a famosa foto das cabeças decapitadas de Lampião e seu banco (sinistro!).
À noite, não fique no hotel! A cidade fica bem agitada e seus barezinhos e restaurantes ficam lotados. Tem até apresentação cultural gratuita para os turistas que ocupam as ruas. Eu ameiii a vibe da cidade, tão pequena, mas tão rica!
Roteiro nos Cânions de São Francisco: 3 dias
Muita gente faz bate-volta para conhecer os Cânions de São Francisco, mas eu não indico. Prefiro aproveitar mais a região mesmo que por pouco tempo: 2 ou 3 dias.
Para eles, sugiro:
- 1 dia: Navegação até o Paraíso ou Gruta do Telhado (com navegação no barquinho menor até bem próximo aos paredões);
- 2 dia: Rota do Cangaço + Museu do Cangaço;
- 3 dia: Vale dos Mestres + Centro da cidade .
Todas as noites aproveite o centro de Piranhas e aprecie a culinária nordestina.
Onde ficar nos Cânions de São Francisco
Como já escrevi, eu amei ter ficado em Piranhas e voltaria para me hospedar na cidade alagoana, ao invés de na cidade sergipana de Canindé do São Francisco.
Embora, essa última tenha uma das melhores opções de hospedagem, o Xingó Parque Hotel & Resort.
Ainda assim, sugiro as seguintes hospedagens para curtir Piranhas, em Alagoas:
- Dunen Hotel: O Dunen Hotel é perfeito para quem não está de carro, pois fica bem no centro da cidade. Ele é novo e tem piscina, restaurante, bar, recepção 24 horas, serviço de quarto, wi-fi e estacionamento gratuito.
- Hotel Xique-Xique: O Hotel Xique Xique é indicado para viagens em família, pois tem parquinho infantil e piscina. Além disso, tem wi-fi e estacionamento gratuito.
- Pousada Bonita: A Pousada Bonita foi a que eu fiquei em Piranhas. Ela possui um bom custo-benefício, mas não fica tão perto do centro. Caso você esteja de carro pode ser uma boa opção, embora o estacionamento é na rua. Tem piscina ao ar livre e recepção 24 horas.
Onde comer em Piranhas
Independentemente de onde comer em Piranhas, experimente a carne de sol local. É uma comida típica geralmente servida com queijo coalho, cuja junção de ambos é uma delícia!
Os lugares mais famosos para refeições são:
- Para almoço: Restaurante Flor de Cactus, que fica em um mirante com vista para a cidade e para as margens do rio. Ele serve basicamente comida regional à base de carne e peixes. O Lampião também é outro espaço bem avaliado para refeições. Ele fica bem mais afastado do centro de Lençóis, na Estrada para Olho D’água. O destaque é a vista para o rio e os lugares para banho. Eu comi também na Churrascaria Império do Cangaço, logo na chegada de Piranhas. Recomendo a carne de sol (60 reais para 2 pessoas).
- Para jantar: outro lugar recomendado é a Pizzaria Altemar Dutra. Sente-se em uma das mesas ao ar livre e aproveite a nostalgia do centro histórico de Piranhas e animação da apresentação de Xaxado que acontece gratuitamente no largo da Rua Tiradentes. Nessa rua tem outros estabelecimentos, inclusive barracas com comidas bem mais baratas, como hambúrgueres, tapiocas, açaí, sorvetes etc.
Qual lugar viajar no Brasil
3. Maragogi, Alagoas
A cidade de Maragogi, no estado de Alagoas, já tem uma certa fama. Graças ao seu litoral lindo com águas mornas e azuis que já lhe rendem até o apelido de Caribe do Nordeste.
Com certeza, esse é um dos lugares para viajar no Brasil mais barato. Hospedagem, comida e passeios não vão lhe custar muito. Por isso, se você procura para onde viajar com economia, não hesite em planejar seu roteiro para Maragogi.
As praias de Maragogi são realmente lindas! Eu já estive algumas vezes e posso afirmar que a Praia de Antunes é uma das mais bonitas do Nordeste, sem dúvida alguma.
Um diferencial desse destino é que o acho perfeito para viagens em família, com crianças menores. Isso porque as águas são tão tranquilas que parecem uma piscina. É também uma ótima opção para viagens com amigos.
E você pode até me questionar se dá para unir uma viagem a Maragogi com o destino anterior, os Cânions de São Francisco, já que estão no mesmo estado, eu respondo que depende do seu tempo.
Os destinos não são tão próximos (390km) e não estão no mesmo sentido. Você terá que passar por Maceió, pois eles estão em lados opostos. Porém, se você quiser mesclar uns dias na capital do estado, pode amenizar a viagem e seguir do litoral para o cerrado.
Em resumo: só vale a pena unir os Cânions de São Francisco com as praias de Maragogi se você tiver mais de 7 dias para roteiro.
Caso não seja essa a sua ideia, não faltam ótimas opções para você explorar no próprio litoral nordestino, a partir de Maragogi, partindo para a Praia dos Carneiros (aquela que sempre tem foto da igrejinha, que fica a 60km) ou até mesmo a Praia de Porto de Galinhas (90km), ambas super badaladas em Pernambuco.
Como chegar em Maragogi
Os dois aeroportos mais próximos de Maragogi são o de Maceió e Recife.
Se por acaso, você comprar um voo para Maceió que tenha escala em Recife, não vale a pena. É melhor pegar direto para Recife e fazer o percurso de carro (260km). E tem passeio de 1 dia saindo de Recife.
Da capital pernambucana é só pegar a PE-060 em direção ao litoral Sul. Somente nos últimos 30km do percurso é que você pegará a AL-101 e já chegará ao seu destino (a Praia de Maragogi faz fronteira com a Praia de São José da Coroa Grande em Pernambuco). São estados coladinhos.
Eu recomendo esse percurso, principalmente se você já quer parar na ida e conhecer as praias de Porto de Galinhas e Carneiros, que ficam antes de chegar em Maragogi.
Já se você vem do aeroporto de Maceió, as vias são a AL-105 e AL-101. As cidades pelas quais você passará são: Paripueira, Porto Calvo e Japaratinga. Por serem estradas estaduais, as condições do asfalto nem sempre são as melhores.
Há diversos transfer que fazem essa conexão dos aeroportos para Maragogi, caso você não esteja de carro. Confira: transfer saindo de Recife.
O que fazer em Maragogi
Maragogi é uma cidade com pouco mais de 25 mil habitantes. A cidade em si não tem atrativos turísticos, exceto os seus 22km de litoral, que (cá entre nós) já são mais que suficientes motivos para estar na lista de lugares para viajar no Brasil.
Ao todo, são 9 praias: São Bento, Praia do Camacho, Praia de Maragogi, Praia de Barra Grande, Praia de Burgalhau, Praia do Antunes, Praia do Dourado, Praia de Ponta de Mangue e Praia de Peroba. Conheço as melhores e posso garantir que vale super a pena!
O centro de Maragogi é bem feio e, sinceramente, decepcionante para o turista. É péssimo para estacionar, sinalização fraca, ruas bem estreitas, sem calçamento.
E os estabelecimentos comerciais deixam bem a desejar (para você ter uma ideia, fui a 3 mercados que não aceitavam cartão, nem de débito!). As opções de bancos também são pequenas. Por isso, já leve seu dinheiro.
É uma típica cidade de litoral, mas sem o charme das vilas turísticas das praias, como Porto de Galinhas ou Praia do Forte, na Bahia. Logo, não crie expectativas a esse respeito.
Saiba mais agora sobre o que vale a pena fazer em Maragogi.
Praia de Maragogi
Essa é a praia do centro da cidade. É a mais movimentada, com muitas opções de barracas à beira-mar, ambulantes e pessoas. Se você estiver hospedado no centro, vai tranquilamente andando até ela.
O mar é azul, mas certamente não seria a minha indicação para você conhecer o melhor de Maragogi. Na verdade, é uma dica para um passeio no final da tarde para ver o pôr do sol ou emendar uma visita ao Mirante de Maragogi, que fica próximo.
Praia de Antunes
Essa praia é o motivo pelo qual você deve conhecer Maragogi na lista de lugares para viajar no Brasil! Eu sei que o passeio para as Galés é o mais famoso, mas o visual de Antunes é demais! Eu simplesmente amo!
Ela está a apenas 7 quilômetros do Centro e é um ótimo destino para banho, vela ou caiaque.
O acesso à praia é por meio de terrenos privados, por isso, você terá que estacionar nos arredores e ir caminhando por essas propriedades.
Deixe seu carro (caso esteja com um) em um estacionamento sinalizado. Não pare em qualquer lugar (é meio bagunçado), pois você será multado (experiência própria!).
Uma vez na praia, você contemplará um mar azul, calmo e que nunca fica fundo. Há algumas opções de barracas, mas nada com infraestrutura para refeições completas. Se quiser passar o dia, vá preparado.
O grande atrativo é ficar dentro da água, tirar fotos nas tradicionais redes (alguns cobram, mas tem de graça) e encontrar os coqueiros esculpidos para tirar fotos criativas.
Praia de Barra Grande
Essa é a praia vizinha a Antunes. Dá para fazer as duas tranquilamente do mesmo dia. Se você fizer isso, vá antes à Barra Grande, pois logo cedo aumentam suas chances de pegar a maré baixa e conferir o maior atrativo dessa praia: o Caminho de Moisés.
Esse Caminho de Moisés é comparado a outro caminho que se forma nas Maldivas. Para o ápice da experiência confira a tábua das marés e ela precisa estar realmente baixíssima (no mínimo 0.3).
Portanto, você pode não pegar o caminho 100% livre, mas mesmo assim, é um cenário bonito de se ver, pois uma bancada de areia fica descoberta e margeada de ambos os lados com as águas super azuis do mar, formando realmente um caminho mar adentro.
Você caminhará bastante. No final do percurso, geralmente tem uns barcos que vendem drinks e várias redes coloridas para fotografar. Um sossego. Chegue cedoooo!
Arredores de Maragogi
Existem cidades vizinhas a Maragogi que possuem praias deslumbrantes também, como a Praia do Patacho, que já fica no município alagoano do Porto de Pedras. Outra dica é a praia famosa de São Miguel dos Milagres.
Ambas fazem parte da Área de Proteção Ambiental chamada Costa dos Corais, que tem 120 km, e são imperdíveis lugares para viajar no Brasil.
Roteiro em Maragogi: 3 dias
3 dias é o suficiente para Maragogi, mas é pouco que se você quiser explorar os arredores de AL e PE. Por isso, veja a minha sugestão de roteiro para esse destino barato para viajar no Brasil:
- 1 dia: Passeio aos Galés de Maragogi (contrate com o seu hotel ou procure por tours em Maragogi), com final do dia na Praia do Centro;
- 2 dia: Passeio de Buggy em Maragogi com visita às principais praias (geralmente para em 3 ou 4);
- 3 dia: Aproveite o dia na praia que você mais gostou (minha indicação é a Praia de Antunes, você certamente já terá conhecido e se apaixonado durante o passeio de buggy).
De noite, desbrave a orla que fica na Praia do Centro em Maragogi. Não achei tão diversa, mas há opções para comer ou fazer lanches. Veja mais dicas sobre o que conhecer em Maragogi, nesse link.
Onde ficar em Maragogi
No centro, as opções são mais simples. Existem ainda as hospedagens mais afastadas, o que não considero um problema já que todas elas oferecem os melhores passeios em Maragogi.
Leve em consideração a estrutura e os preços que você deseja pagar quando organizar sua viagem a esta opção da lista de lugares para viajar no Brasil.
- Grand Oca Maragogi All Inclusive Resort: A primeira opção para ficar em Maragogi é o Grand Oca Maragogi All Inclusive Resort. O estabelecimento está situado em frente à Praia Ponta de Mangue, a apenas 350 metros das piscinas naturais.
- Salinas Maragogi All Inclusive Resort: A segunda indicação da lista é o Salinas Maragogi All Inclusive Resort. O local está localizado em Maragogi, a 1,6 km da Praia de Maragogi. O resort dispõe de academia, spa e 2 piscinas ao ar livre, além de dispor de um belíssimo jardim.
- Hotel Praia Dourada: Situado na Praia de Burgalhau, em Maragogi, o Hotel Praia Dourada é a terceira indicação. Ela oferece quartos com ar-condicionado e varanda com rede. As instalações incluem piscina ao ar livre, quadra de tênis e balcão de turismo.
Onde comer em Maragogi
É na Orla do centro de Maragogi que você encontrará opções aleatórias para comer na cidade. Não existem tantos estabelecimentos, mas em uma pequena caminhada, você acha um lugar.
Tem o Odoiá que é um restaurante bem tradicional e fica à beira-mar, com uma vista linda para o mar azul. E o Taocas que também oferece cardápio regional e uma ótima vista.
Na orla há ainda burguerias, comida japonesa, açaí, sorvete e pequenos estabelecimentos para lanches.
Para massas, recomendo a Pizzaria Regina. Bem prático e oferece entrega por aplicativo, caso você queira descansar de uma dia cheio no seu hotel. A Tapioca da Martha e o Restaurante Tuyn completam a lista para quem quer experimentar de tudo um pouco.
No quesito diversão entre os lugares para viajar no Brasil, pode valer a pena conhecer os Beachs Clubs nas praias. Dá para relaxar horas no day use com uma certa infraestrutura (piscina, bar, restaurante, lojas, passeios, chuveiros, fraldário, tendas etc).
Dá para relaxar bem degustando diversos frutos do mar e bebendo drinks diferentes. Os 2 mais tradicionais são: o Beach Club Barra Grande, que fica bem em frente ao caminho de Moisés; e o Pontal de Maragogi, que fica mais na Praia de Burgalhau.
Onde devo conhecer no Brasil?
Não foi tão simples escolher esses lugares para viajar no Brasil. Existem dezenas de boas opções. Porém, selecionei aqueles destinos que conheço bem pessoalmente e posso afirmar que são baratos.
A Chapada pode fugir um pouco do orçamento mais enxuto, principalmente se você contratar muitos passeios e for na alta temporada, quando o lugar fica cheio de estrangeiros, mas do contrário, oferece um ótimo custo-benefício.
Levei em consideração também o Nordeste como região de interesse, principalmente por conta do clima bom o ano inteiro e pelos preços também.
A ideia aqui é que esta lista cresça conforme eu tiver outros lugares incríveis para indicar pelo Brasil.
Espero que você tenha gostado dos lugares para viajar no Brasil. Deixe suas dúvidas e comentários abaixo!
Até + !!!
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