10 lugares mais isolados do mundo: Antártida, Namíbia e mais

Quem pensa em viajar dificilmente escolhe conhecer alguns dos lugares mais isolados do mundo, mas eu encontrei argumentos de sobra para você transformar um desses pontos remotos do planeta no seu próximo destino de viagem.

O problema em visitar pontos turísticos tradicionais ou cidades muito conhecidas é que elas estão sempre muito lotadas — pense em Paris durante o verão, por exemplo. Por isso, se você gosta de um pouco de aventura, tranquilidade e de muitos desafios, essas opções de lugares isolados vão chamar a sua atenção.

Da Antártida à Índia, você encontra nos parágrafos abaixo cidades e regiões do planeta que têm temperaturas extremas, ficam entre montanhas e são pouco conhecidas quando o assunto é turismo. Mas, no entanto, despertam a curiosidade justamente por serem pouco visitadas e guardarem segredos da humanidade e paisagens tão bonitas que parecem quadros.

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Lugares mais isolados do mundo

• Villa las Estrellas, Antártida
• Munnar, Índia
• Costa dos Esqueletos, Namíbia
• Longyearbyen, Noruega
• Palmerston, Ilhas Cook
• Motuo, Tibete
• Ittoqqortoormiit, Groenlândia
• Hanga Roa, Ilha de Páscoa
• Saas-Fee, Suíça
• Iqaluit, Nunavut, Canadá

Pare e pense um pouquinho: você consegue imaginar quais são os lugares mais isolados do mundo? Talvez, não.

Por isso, selecionei dez destinos remotos mundo afora, dos quais você com certeza nunca ouviu falar ou, se já ouviu, está morrendo de curiosidade para conhecer.

 

Destinos isolados do mundo

Ok. Já sabemos os nomes (alguns deles, até meio impronunciáveis). Então, agora é hora de conhecer mais sobre cada um deles e entender porque devem ser os protagonistas da sua próxima viagem de férias.

 

Villa las Estrellas, Antártida

Em espanhol, o nome desse pequeno assentamento chileno significa Vila das Estrelas. A mais de 1500 quilômetros ao sul de Punta Arenas, na baía de Fildes, contém a única população regular da Antártida.

Ali, você encontra tudo o que uma pequena cidade precisa para funcionar, como uma escola, igreja e até uma academia e lojinha de souvenirs.

O restante da região é ocupado por estações de pesquisa e seus cientistas — o que significa que a maior parte do espaço é totalmente inabitada.

Chegar até lá não é simples: você precisa fazer uma viagem de dois dias de barco, saindo de Ushuaia, na Argentina, e cruzar a Passagem de Drake até a Antártida. Aproveite e saiba os atrativos de Ushuaia.

 

Munnar, Índia

Em um dos países mais populosos do mundo, é difícil pensar que exista um lugar remoto. Mas esse é o caso de Munnar, na Índia, um famoso destino de lua de mel.

A cidade, conhecida pelos seus campos de chá, fica a mais de 1800 metros de altitude e entre montanhas. Por isso, o acesso não é dos mais fáceis, tranformando-a em um dos lugares mais isolados do mundo.

No entanto, fazer o trajeto de carro pela estrada em “s” vale a pena. Por ser ponto de encontro de três rios locais, Kundala, Mudrapuzha e Nallathanni, a presença abundante da água explica o tanto de verde que se vê por lá.

A região é rica em plantações de ervas, mas também em fauna e flora, o que torna a paisagem hipnotizante. Você pode conhecê-la em uma viagem guiada para Munnar.

A cidade foi criada em 1878 e se tornou um destino de férias dos oficiais ingleses no sul da Índia durante a ocupação britânica.

A visita é válida: apesar de pequena, as paisagens e o centro da cidade compensam.

 

Costa dos Esqueletos, Namíbia

É preciso coragem — e estômago — para visitar a Costa dos Esqueletos, na Namíbia. Conhecido com um lugar inóspito e hostil, tem uma beleza quase mórbida: por conta dos fortes ventos e da maré cruel, a orla local se transformou em um cemitério ao céu aberto.

De carcaças de baleias que morreram encalhadas à navios naufragados, esse trágico museu à céu aberto virou um ímã de turistas que, mesmo com as condições climáticas tão complicadas, colocam a Costa no roteiro.

Aliás, por causa desse fluxo, uma parte da sua orla foi declarada um parque nacional e pode ser visitada com veículos no estilo 4×4 (é ali que fica também a praia das focas, lugar onde tirar fotos com os animais é quase obrigatório).

Já a outra parte é visível apenas do céu, em passeios de avião. Aproveite para agendar um passeio de 4X4 pelo deserto da Namíbia.

 

Longyearbyen, Noruega

Essa cidade de nome estranho é aquela que fica mais ao norte do planeta Terra e também uma das mais frias do mundo — tanto que é proibido enterrar corpos por ali, já que eles não se decompõem corretamente por causa do congelamento do solo.

As casas também precisam ser construídas em cima de palafitas, para que não escorreguem quando o gelo derrete, durante o verão. Para chegar lá, é possível pegar um avião da capital, Oslo, e fazer uma viagem de três horas.

Sentir frio pode não ser muito atrativo, mas conhecer de perto as casinhas coloridas e sua estrutura, além da cultura local, vale a viagem tão acima da linha do Equador. Outro motivo imperdível para viajar até a Noruega é conhecer a magia da aurora boreal.

 

Palmerston, Ilhas Cook

Sabia que todos os habitantes de Palmerston são descendentes de uma mesma pessoa? Em 1863, William Masters chegou à pequena ilha e teve 4 mulheres e 17 filhos, que acabaram criando toda a linhagem que, até hoje, habita o local.

Aliás, Palmerston é tão pequena e tão isolada que navios de carga com suprimentos atracam por lá apenas algumas vezes por ano, existem somente dois telefones em toda a ilha e o acesso à internet é limitado a 4 horas por dia. Imagina as praias paradisíacas!

Se interessou? Existem dois jeitos de chegar até lá: com uma viagem de dois dias de barco direto de Rarotonga, a capital das Ilhas Cook, ou em um trajeto de oito dias, saindo do Taiti. Vale a pena, sim, visitar esse que é um lugares mais isolados do mundo.

 

Motuo, Tibete

Até pouco tempo atrás, o Tibete era uma das únicas regiões do mundo sem acesso via rodovias, fazendo com que muitas de suas pequenas e remotas comunidades fossem intocadas por estrangeiros e não conhecidas.

A população indígena que mora em Motuo é composta, principalmente, de agricultores, que plantam sobretudo soja e algodão.

Considerada um lugar sagrado pelas escrituras tibetanas — “Motuo” significa “a lótus escondida” —, é preciso quatro dias de viagem para chegar até lá.

Mas, não se preocupe, pois existem outros pequenos vilarejos em que é possível passar a noite durante o caminho.

 

Ittoqqortoormiit, Groenlândia

Outra cidade com um nome praticamente impronunciável para os brasileiros, Ittoqqortoormiit, foi fundada em 1925 e fica tão longe das áreas mais remotas e inabitadas da Groenlândia quanto é possível imaginar.

Aliás, ela fica tão distante que você precisa fazer uma viagem de helicóptero do aeroporto para chegar até a cidade.

O vilarejo tem 450 habitantes que adoram andar de trenó e acampar, mas também é destino de turistas que caçam por auroras boreais.

Curiosamente, também é porto de atracagem de navios de cruzeiro, mesmo com o congelamento das águas durante nove meses do ano.

 

Hanga Roa, Ilha de Páscoa

Essa é a principal cidade da Ilha de Páscoa, que fica no meio do Oceano Pacífico. Na teoria, ela faz parte do território do Chile, mas fica há mais de 3 mil quilômetros de distância do continente. Esse destino é um dos quais brasileiros não precisam de passaporte.

O que chama a atenção por ali são as estátuas de pedra, algumas delas enormes, que foram desenvolvidas pela antiga população polinesia local, há centenas de anos, e até hoje intrigam pesquisadores e cientistas.

Apesar da distância, chegar não é tão impossível assim: você consegue pegar um voo direto da capital do Chile, Santiago. Descubra também o que fazer em Santiago durante sua estadia.

 

Saas-Fee, Suíça

Uma daquelas cidadezinhas que parecem tiradas de uma pintura! Saas-Fee, na Suíça, é cercada por montanhas de mais de 4 mil metros de altura e com um detalhe muito curioso: é proibido a circulação de carros por ali.

Se você chegar lá de automóvel, saiba que vai precisar deixá-lo em um estacionamento nos arredores da cidade.

A boa notícia é que por conta da localização, é o paraíso do ski, com inúmeras estações e pistas, garantindo diversão para toda a família.

 

Iqaluit, Canadá

Já pensou como seria chegar ao meio do nada? Pois, acredite se quiser, isso é possível na pequena cidade de Iqaluit, no Canadá, que é também um dos lugares mais isolados do mundo.

Para começar, chegar até o local é um desafio, pois o acesso só é feito pelo mar ou pelo ar. Porém, para quem ficou animado, existem voos diários saindo diretamente de Ottawa.

A sua atração mais famosa é conhecida como Road to Nowhere, ou “rota para lugar nenhum”, em português, onde os turistas podem andar de bicicleta, fazer uma caminhada, ir de carro ou ski até… o meio do nada. No entanto, a vista é o recibo do porquê esse empreendimento curioso faz tanto sucesso com os turistas.

 

Lugares mais remotos para visitar

Talvez pareça um pouco sem sentido, mas a verdade é que conhecer alguns desses destinos isolados é garantia de memórias incríveis e algumas das paisagens mais bonitas que você verá na vida.

Vale a pena manter a câmera em riste e, principalmente, aproveitar toda a tranquilidade e os segredos que cada um desses cantos reservam.

Alguns deles, apesar de serem tão pequenos e remotos que não têm espaço para atividades variadas, no mínimo, prometem dias de descanso e relaxamento, longe do barulho e da agitação dos grandes centros urbanos.

Eles também são uma ótima oportunidade de fugir do óbvio com os seus destinos de viagem e conhecer lugares que são pouco conhecidos e explorados, mas que também guardam muitas histórias.

As visitas, é claro, merecem ser feitas com todo cuidado e apreço que esses lugares pedem, já que são tão resguardados e, muitas vezes, locais de preservação histórica e ambiental inestimável.

Já conhecia alguns desses lugares mais isolados do mundo? Conte nos comentários e também nos diga qual ficou com vontade de conhecer.