
Madagascar
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Muitas pessoas conhecem o nome por causa do filme, mas a realidade de Madagascar vai muito além dos pinguins e desenhos animados. Separada da África continental há milhões de anos, essa ilha gigante (a quarta maior do mundo!) evoluiu de um jeito totalmente isolado. O resultado? Um lugar que parece outro planeta, cheio de plantas e bichos que você não encontra em nenhum outro lugar da Terra.
Viajar para Madagascar não é exatamente uma viagem de descanso comum; é uma aventura com “A” maiúsculo. A “vibe” é selvagem, rústica e surpreendente. Você vai de florestas tropicais úmidas a desertos espinhosos em questão de horas (se as estradas permitirem, claro).
É o destino perfeito para quem quer ver lêmures pulando soltos, árvores que parecem estar de cabeça para baixo e praias desertas. Férias em Madagascar exigem um pouco de paciência com a infraestrutura, mas recompensam com paisagens que a gente só vê em documentário.
Se você curte natureza, biologia ou simplesmente lugares exóticos de verdade, esse país precisa entrar na sua lista. É um destino indicado para casais aventureiros, fotógrafos e viajantes que não se importam em sujar o tênis de barro para ver algo único. A grande mágica aqui é a biodiversidade. Mais de 80% da vida selvagem da ilha é endêmica, ou seja, só existe aqui.
O ponto forte é a sensação de descoberta. Diferente de um safári na África do Sul, onde os animais estão acostumados com jipes, em Madagascar a interação é mais íntima e a pé. Você caminha pelas trilhas ouvindo os gritos dos lêmures Indri (que parecem cantos de baleia) e se sente num mundo perdido.
Não é sobre luxo, é sobre vivência. É ver o pôr do sol na famosa Avenida dos Baobás e se perguntar como a natureza conseguiu criar algo tão bonito e estranho ao mesmo tempo.
Madagascar é enorme e as distâncias enganam, então entender a geografia é vital. Geralmente, a viagem começa em Antananarivo (ou “Tana”, para os íntimos), a capital caótica e cheia de ladeiras no centro da ilha.
Para o oeste, fica a imagem mais icônica do país: a Avenida dos Baobás perto de Morondava. É lá perto que também estão os Tsingy de Bemaraha, aquelas formações rochosas afiadas que formam uma “floresta de pedra” impressionante.
Indo para o sul, a paisagem vira savana e deserto, com destaque para o Parque Nacional de Isalo, que lembra muito o Grand Canyon americano, cheio de piscinas naturais escondidas.
Já para quem busca praia de cartão-postal e resorts confortáveis, o norte é o lugar, especificamente na ilha de Nosy Be. E se você quer ouvir o canto dos lêmures na floresta tropical, o leste, na região de Andasibe, é parada obrigatória.
A hospedagem em Madagascar é uma parte essencial da experiência de viagem e reflete bem os contrastes do país. A região oferece uma estrutura turística que atende a todos os orçamentos, mas é preciso saber onde procurar.
Você encontrará desde resorts de luxo à beira-mar em ilhas privadas até acampamentos bem simples dentro dos parques nacionais.
Nas áreas de praia mais famosas, como o arquipélago do norte, há hotéis com padrão internacional e todo o conforto. Já no interior e perto das reservas naturais, o destaque fica para os “eco-lodges”.
São acomodações rústicas, muitas vezes sem energia elétrica 24 horas, mas super charmosas e imersas na natureza.
A comida malgaxe é simples, mas muito saborosa e baseada no arroz, eles comem arroz no café da manhã, almoço e jantar! O prato nacional é o Romazava, um cozido de carne (geralmente de Zebu, o boi com corcova que tem em todo lugar) com verduras locais.
Falando em Zebu, prepare-se para ver esse animal em todo canto e no cardápio, geralmente acompanhado de um molho apimentado chamado “sakay”. Ah, e a ilha é uma das maiores produtoras de Baunilha do mundo, então tudo que leva esse ingrediente é delicioso e barato.
Culturalmente, o povo é super tranquilo. Eles levam a vida no ritmo do “mora mora” (devagar, devagar). É importante respeitar os “fady” (tabus locais), que variam de região para região e podem proibir coisas curiosas, como apontar o dedo para um túmulo ou comer carne de porco em certos dias.
Aqui o timing é tudo, sério. Madagascar sofre com ciclones tropicais que podem ser devastadores. Por isso, evite viajar entre janeiro e março, quando chove muito e muitas estradas ficam intransitáveis.
A melhor época vai de abril a outubro/novembro. Nesses meses, o clima é mais seco e as temperaturas são agradáveis. Setembro e outubro são ótimos porque é a época em que os lêmures têm filhotes, o que deixa os passeios nos parques ainda mais especiais.
Planejamento aqui não é luxo, é sobrevivência. O transporte público (os “taxi-brousse”) é uma experiência antropológica, mas muito lenta e desconfortável. Para otimizar o tempo, a maioria dos viajantes contrata um motorista com carro 4×4. As estradas são precárias e 200 km podem levar um dia inteiro.
A moeda é o Ariary e você vai precisar de dinheiro vivo, pois cartões de crédito são aceitos em poucos lugares fora dos grandes hotéis. Sobre saúde, a profilaxia contra malária é recomendada, assim como repelente forte. E não esqueça: o visto é tirado na chegada ao aeroporto, mas confira as regras atualizadas antes de embarcar.
Abaixo, você encontra nossos artigos detalhados com roteiros, dicas de hotéis e tudo o que publicamos sobre Madagascar.
Boa leitura e boa viagem!
Sim, mas o processo é prático. O visto de turismo para brasileiros é emitido na chegada ao aeroporto (Visa on Arrival). Você precisará apresentar passaporte válido, passagem de volta e comprovante de vacinação contra febre amarela. Há uma taxa para emissão que pode ser paga em euros ou dólares. Não se esqueça de confirmar essa informação no site oficial.
A melhor época vai de abril a novembro, que corresponde à estação seca e com temperaturas mais amenas. Evite viajar entre janeiro e março, pois é a temporada de chuvas intensas e há risco elevado de ciclones, o que pode deixar estradas intransitáveis e fechar parques nacionais.
Madagascar é, em geral, um destino seguro para turistas, com um povo muito acolhedor. No entanto, exige precaução nas grandes cidades, especialmente na capital Antananarivo. Evite andar a pé à noite, não exiba objetos de valor e tenha cuidado com batedores de carteira em mercados movimentados. Nas áreas rurais e de resort, o clima é bem tranquilo.
A atração mais icônica é a Avenida dos Baobás no pôr do sol, uma paisagem única no mundo. Além disso, ver os lêmures em seu habitat natural é obrigatório (o Parque Nacional de Isalo ou Andasibe são ótimos para isso) e as formações rochosas afiadas conhecidas como Tsingy de Bemaraha.