Muita gente costuma chamar Gana de “África para iniciantes”, e faz todo o sentido. É um país seguro, estável e onde o inglês é a língua oficial, o que facilita muito a vida da gente na hora de viajar.
Localizada no Golfo da Guiné, essa nação mistura uma energia urbana vibrante com praias tropicais e uma carga histórica que arrepia. Viajar para Gana é mergulhar em cores fortes, mercados barulhentos e sorrisos fáceis.
A “vibe” aqui varia bastante dependendo de onde você está. Na capital, é tudo moderno, com trânsito, vida noturna e arte contemporânea. Mas basta se afastar um pouco para encontrar o peso da história nos castelos do litoral ou a tranquilidade da savana no norte.
Férias em Gana não são apenas sobre descanso; são sobre conexão. Seja com a natureza, com a ancestralidade ou com uma cultura que acolhe o visitante com um sonoro “Akwaaba” (bem-vindo).
Gana é um destino que mexe com o coração, especialmente para quem busca entender mais sobre a história da diáspora africana. É uma viagem transformadora, indicada tanto para quem quer uma imersão cultural profunda quanto para quem curte ecoturismo sem frescura.
Se você gosta de lugares que têm “alma” e não são apenas cenários para fotos, esse é o seu lugar.
O grande ponto forte daqui é a diversidade de experiências num território relativamente acessível. Você pode começar o dia numa metrópole cosmopolita e terminar caminhando por pontes suspensas no topo das árvores de uma floresta tropical.
E o melhor: o povo ganense é incrivelmente hospitaleiro e orgulhoso de sua terra. Não espere aquela estrutura impecável da Europa, mas espere vivências humanas que valem muito mais.
Para se localizar, pense em Gana dividida entre o litoral agitado, a floresta central e a savana do norte. A porta de entrada é Accra, uma capital que não para, cheia de bairros descolados como Osu e monumentos como o Black Star Square. É onde tudo acontece.
Descendo para o litoral oeste, a atmosfera muda completamente. É lá que ficam a cidade de Cape Coast e Elmina, famosas (e tristes) por seus castelos que serviram ao tráfico de escravizados. É uma visita dura, mas necessária. Para quem quer natureza, o Parque Nacional Kakum oferece aquelas famosas pontes de corda sobre a floresta (canopy walk).
Já no centro do país, Kumasi é o coração da cultura Ashanti, onde as tradições reais ainda são muito vivas. E se a ideia é ver elefantes de perto, o Parque Nacional Mole, lá no norte, é imperdível.
A hospedagem em Gana é uma parte essencial da experiência de viagem, mas é bom alinhar as expectativas. A região oferece uma estrutura turística que atende a todos os orçamentos, mas com diferenças marcantes entre a capital e o interior. Você encontrará desde hotéis de luxo internacionais até eco-lodges simples.
Em Accra, há uma forte presença de grandes redes hoteleiras com todo o conforto ocidental, piscinas e ar-condicionado (o que é vital no calor). Já no litoral, o destaque fica para os resorts de praia, que vão dos mais sofisticados aos hostels pé na areia com clima “roots”.
No interior, as opções são mais limitadas, muitas vezes focadas em guesthouses funcionais.
Prepare o estômago e o coração. A comida ganense é rica, apimentada e baseada em muitos carboidratos. Você não pode sair daqui sem entrar na eterna briga do Jollof Rice (arroz temperado com tomate e especiarias) — eles juram que é melhor que o da Nigéria.
Outros clássicos são o Banku e o Fufu, massas feitas de mandioca ou inhame que a gente come com a mão, mergulhando em sopas e molhos picantes.
Culturalmente, Gana é um espetáculo. As roupas coloridas feitas com o tecido Kente estão por toda parte, e a música – do Highlife ao moderno Afrobeats – é a trilha sonora constante das ruas.
O calor em Gana é constante, mas a chuva pode atrapalhar seus planos. O país tem clima tropical, então é quente e úmido quase o ano todo.
A melhor época para visitar é durante a estação seca, que vai de outubro a março. Nesses meses, fica mais fácil transitar pelas estradas (algumas são de terra) e visitar os parques nacionais. Em dezembro, o país ferve com festivais e turistas voltando para casa, o que deixa tudo mais animado, porém mais caro. Evite, se puder, o pico das chuvas entre abril e junho.
Viajar para cá exige um pouquinho de burocracia, mas nada de outro mundo. Brasileiros geralmente precisam de visto, que deve ser solicitado com antecedência na embaixada, e o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela é obrigatório mesmo, eles conferem na chegada.
A moeda é o Cedi, e embora cartões sejam aceitos em hotéis grandes e restaurantes de Accra, ter dinheiro vivo é fundamental para o dia a dia, táxi e mercados. Falando em transporte, o Uber funciona bem na capital, mas para viagens longas entre cidades, o ideal é contratar um motorista ou usar os ônibus VIP. E relaxe quanto ao idioma: com o inglês, você se comunica em qualquer lugar.
Abaixo, você encontra nossos artigos detalhados com roteiros, dicas de hotéis e tudo o que publicamos sobre Gana.
Boa leitura e boa viagem!
Sim, o visto é obrigatório para brasileiros. Diferente de outros países africanos, o visto para Gana geralmente deve ser solicitado com antecedência na embaixada em Brasília, e não na chegada. Além do visto, é exigido o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela para entrar no país.
Gana é frequentemente citada como a “África para iniciantes” justamente por ser um dos países mais estáveis, pacíficos e seguros do continente. Os ganeses são extremamente hospitaleiros. Em Acra, tome os cuidados básicos de qualquer cidade grande, mas no geral, o ambiente é muito tranquilo para o turista.
A língua oficial é o inglês, o que facilita muito a comunicação para quem já domina o idioma. No entanto, você ouvirá dezenas de línguas locais nas ruas, sendo o Twi a mais comum no sul do país. Aprender um simples “Akwaaba” (bem-vindo) ou “Medase” (obrigado) é um gesto que os locais adoram.
A melhor época vai de outubro a março, durante a estação seca. Os meses de dezembro e janeiro são especialmente vibrantes, com muitos festivais culturais e clima quente (mas suportável). Evite a estação chuvosa (maio a julho), pois as estradas podem ficar difíceis e a umidade é muito alta.
