Imagine um pedacinho da África no meio do Atlântico, onde o sol brilha praticamente o ano todo e as pessoas te recebem com um sorriso que parece abraço. Viajar para Cabo Verde é exatamente isso: uma mistura fascinante de paisagens vulcânicas, praias de mar azul-turquesa e uma cultura que, de certa forma, nos faz sentir em casa.
Afinal, a língua portuguesa nos une, mas o ritmo crioulo traz um tempero todo especial para essa experiência.
Se você está pensando em tirar férias em Cabo Verde, prepare-se para encontrar um arquipélago de contrastes. São dez ilhas (nove habitadas), e cada uma tem uma personalidade totalmente diferente. Enquanto umas parecem paisagens lunares e áridas, outras são verdes e cheias de vales profundos.
É o destino perfeito para quem quer fugir do óbvio sem abrir mão de segurança, boa comida e cenários de tirar o fôlego.
Sabe quando o lugar tem uma energia boa que a gente não consegue explicar direito? Os cabo-verdianos chamam isso de “Morabeza”. É a arte de bem receber, uma hospitalidade gentil e leve que conquista qualquer viajante logo no desembarque.
Mas o país não vive só de simpatia. Cabo Verde é um prato cheio tanto para casais em lua de mel quanto para quem curte uma boa aventura. Se você gosta daquela vida mansa de resort, água morna e drinks na areia, vai amar.
Agora, se prefere calçar a bota de trilha e subir montanhas vulcânicas ou se perder em vilarejos de pescadores, também vai se encontrar por lá. É um destino democrático, seguro e com uma estabilidade política rara na região, o que deixa a gente muito mais tranquilo para explorar.
O grande “pulo do gato” aqui é entender a geografia das ilhas para montar o roteiro certo. Para quem busca o clássico “sombra e água fresca”, a Ilha do Sal e a Ilha da Boa Vista são as grandes estrelas. Elas têm aquelas faixas de areia branca intermináveis e um mar que varia do verde-esmeralda ao azul profundo, perfeitas também para quem pratica kitesurf e windsurf.
Mas Cabo Verde vai muito além da praia. Na Ilha de Santiago, você encontra a capital, Praia, e a histórica Cidade Velha, que é Patrimônio da Humanidade e berço da cultura local. Já para quem ama cultura e música, São Vicente (e sua capital, Mindelo) é parada obrigatória, terra da lendária Cesária Évora.
E se o seu negócio é natureza bruta, a Ilha de Santo Antão oferece trilhas espetaculares entre montanhas verdes e penhascos, enquanto a Ilha do Fogo te desafia a subir no Pico do Fogo, um vulcão ativo e imponente. É impressionante como um país tão pequeno consegue ter tanta diversidade geográfica.
A hospedagem em Cabo Verde é uma parte essencial da experiência de viagem e reflete bem essa dualidade das ilhas. A região oferece uma estrutura turística completa que atende a todos os orçamentos e estilos.
Você encontrará desde resorts all-inclusive à beira-mar, ideais para famílias, até pousadas rústicas e intimistas imersas na natureza.
Nas ilhas mais turísticas como Sal e Boa Vista, dominam as grandes redes hoteleiras internacionais, com aquelas piscinas enormes e todo o conforto possível.
Já em ilhas como Santo Antão, Fogo ou São Vicente, o destaque fica para acomodações menores, pensões familiares e hotéis boutique que integram o conforto com a paisagem local e o contato direto com os moradores.
Comer em Cabo Verde é uma experiência à parte e que vai deixar saudade. A base da alimentação é o peixe fresquíssimo e os frutos do mar, mas o prato nacional que você precisa provar é a Cachupa. É um cozido rico com milho, feijão, carnes ou peixe, que sustenta e aquece a alma.
E não dá para falar de cultura sem falar de música. Ela está em todo lugar, do táxi ao restaurante chique. A Morna, ritmo melancólico que ficou famoso no mundo todo, é a trilha sonora oficial, mas o Funaná também bota todo mundo para dançar. Ah, e não esqueça de brindar com um cálice de Grogue, a aguardente local feita de cana-de-açúcar. É forte, viu? Mas faz parte da tradição.
A boa notícia é que quase nunca faz frio por lá. O clima é tropical seco, então dá praia o ano inteiro. Porém, os ventos alísios sopram mais forte entre dezembro e março (para alegria dos kitesurfistas). Se você quer calorzão e menos vento, os meses de verão no hemisfério norte, especialmente entre junho e setembro, são ótimos.
Só fique atento que agosto e setembro podem trazer algumas chuvas rápidas, mas nada que estrague a viagem.
Antes de fechar as malas, tem uns detalhes práticos que ajudam muito. Brasileiros precisam fazer um pré-cadastro online (EASE) para entrar no país, que funciona como um visto simplificado na chegada, mas verifique sempre a regra atualizada. A moeda é o Escudo Cabo-verdiano, mas o Euro é aceito em quase todos os lugares turísticos (embora o troco geralmente venha na moeda local).
Para se locomover entre as ilhas, o avião é o meio mais rápido e, às vezes, o único viável para distâncias maiores, então compre os voos internos com antecedência. Já entre São Vicente e Santo Antão, a travessia é feita de balsa e é um passeio lindo por si só. Leve protetor solar, roupas leves e, claro, um casaco corta-vento para as noites, que podem ser fresquinhas por causa da brisa do mar.
Abaixo, você encontra nossos artigos detalhados com roteiros, dicas de hotéis e tudo o que publicamos sobre Cabo Verde. Boa leitura e boa viagem!
